Argentina: Estudantes preparam manifestações contra as politicas neo-liberais de Macri

Buenos Aires, 11 maio docentes e estudantes universitários argentinos preparam hoje uma paralisação nacional, acompanhada de manifestações e marchas, em protesto contra as políticas de ajuste do Governo que afetam as universidades nacionais.

Dirigentes da Confederação Nacional de Docentes Universitários (Conadu) ratificarão nesta quarta-feira em coletiva de imprensa a greve da quinta-feira e darão informes a respeito de suas reivindicações na greve em que participarão 53 casas de altos estudos.

Os acompanharão líderes da Federação dos Estudantes da Universidade de Buenos Aires (FUBA), e seus ramos nas diversas faculdades, bem como adesões de grêmios estudantis de outras instituições do país. Terá demonstrações em outras cidades.

A coletiva de imprensa que se converterá, de fato, em um ato de protesto, foi convocada para o vestíbulo da Faculdade de Medicina da UBA na manhã desta quarta-feira.

A greve a farão em defesa dos salários e o contrato coletivo de trabalho, pelo boleto educativo e mais bolsas para os estudantes e por um orçamento ajustado à inflação.

Também exigirão a derogação da Lei de Educação Superior (dos anos de 1990) que exclui o direito ao estudo universitário e dirão não à criminalização do protesto como se propõe no novo Protocolo de Segurança Nacional da atual administração.

A Conadu sustenta que o orçamento alocado pelo Governo é o mesmo do passado ano, e uma atribuição adicional de 500 milhões de pesos (34 milhões 965 mil dólares) -consideram- não é suficiente para costear a eletricidade após o aumento de até 700 por cento das tarifas dos serviços.

Em um comunicado da FUBA, os alunos afirmam que “vamos para 12 de maio por um dia de luta nacional para defender a educação pública e evitar que avance o corte que o presidente (Maurício) Macri nos quer impor”.

Na terça-feira, os alunos de Filosofia e Letras da UBA tomaram essa faculdade em apoio à luta que levam adiante os professores contra o corte orçamentário e por um salário digno.

Com essa ação estudantil aprofundou-se o conflito entre o Governo e as universidades do país, que chegará a seu clímax a em massa marcha da quinta-feira.

Em outras ações realizam-se cortes do trânsito em diferentes pontos da cidade e dão-se classes em lugares públicos.

Docentes e estudantes primeiro se congregarán na praça Houssay que está rodeada de várias faculdades da UBA, e daí marcharão por toda a avenida Córdoba até o Ministério de Educação da Nação.

O conflito entre as autoridades e a Conadu, que tem o apoio do estudantado, leva já três semanas e se radicalizou na terça-feira com a tomada da Faculdade de Filosofia e Letras da UBA.

Fonte: Prensa Latina

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