Neste 25 de julho, dia de luta dos que colocam comida na mesa dos brasileiros, agricultores familiares saem em defesa da Previdência no campo
Os agricultores familiares ganharam relevância nos últimos 13 anos e isso fica claro na oferta de recursos, que saltou de R$ 2,3 bilhões, durante o último ano de Fernando Henrique (PSDB) à frente do país, para R$ 30 bilhões anunciados pela presidenta Dilma Rousseff na edição 2015/206 do Plano Safra.
A construção desse avanço durante os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma tem sido atacada pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB) por meio de medidas que vão da restrição ao crédito até o fim de ministérios com os quais os produtores negociavam.
A principal preocupação da categoria neste Dia de Luta da Agricultura Familiar, porém, é o ataque que o governo planeja à Previdência Social, com o aumento da idade mínima para se aposentar e a desvinculação do benefício ao mínimo, como aponta a Secretária de Formação da CUT, Rosane Bertotti.
“O mundo rural estava fora da cobertura da Previdência, que só se consolidou com a Constituição de 1988, mas se desenvolve mesmo como ação e prática em 1992. O rural torna-se um assegurado especial, com aposentadoria aos 60 anos para homem e 55 anos para a mulher, vinculada sempre ao salário mínimo. Se a proposta de desvincular do mínimo avançar, teremos uma imensa perda de renda para quem já tem poucos recursos”, afirma a dirigente.
Também a proposta de aumento da idade para a aposentadoria, conforme indicou a equipe de Temer, é um grave ataque ao agricultor familiar, diz Rosane.
“Na prática, esse governo deixa de reconhecer a importância da agricultura familiar e mostra desconhecer que quem está nessa área começa a trabalhar aos 14 anos e tem um trabalho mais insalubre, penoso e com muito mais exigência física”, disse.
Rosane ressalta ainda que a aposentadoria é uma forma de permanência das pessoas no campo e de desenvolvimento dos pequenos municípios. “Quando rompe com essa política de distribuição de renda, você prejudica os trabalhadores e os pequenos municípios que têm esses benefícios como base de sustentação.”
Fonte: CUT
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