NÃO É A APARÊNCIA, É A ESSÊNCIA.

Quanto mais determinações do objeto, mais concreto ele será. O concreto do objeto está nele, mas não se manifesta, temos que descobri-lo. 

Muitas pessoas não acreditam que as eleições ocorreram em meio a um golpe de Estado. Há quem acredite em que as instituições estejam funcionando e que as liberdades democráticas no Brasil estão garantidas.

Como explicar que um Juiz de primeira instância, se contraponha a uma decisão de um Juiz de uma instância superior? Quando esse mesmo Juiz da instância de Curitiba em meio ao processo eleitoral, divulgue delações premiadas, com o objetivo de interferir no resultado das eleições? Depois esse mesmo Juiz seja nomeado, ministro do candidato favorecido pelas “delações”.

Como aceitar como “processo legal ou justo”, depois do comandante do exército declarar a um jornal de grande circulação que ameaçou o Supremo Tribunal Federal , em meio a um julgamento que teve consequências, no resultado geral do pleito? Quando o presidente eleito do “ Supremo Tribunal Federal ( STF)” Dias Toffoli, contrata um general de exercito como assessor, numa verdadeira intervenção militar na Corte? Pois esse general, também vira ministro do candidato que foi eleito beneficiado por esse conjunto de manobras espúrias. E esse mesmo juiz presidente, vai ao comandante do exercito e “pede” que ele indique um novo assessor.

Como entender, quem quer crer que, o conjunto de ameaças, feitas antes e durante o processo eleitoral pelo candidato Bozonaro; entre elas de fechar o parlamento, dar o auto golpe, fazer uma guerra civil, matar uns trinta mil ou mais, dos que pensam diferente dele, que seria apenas bravatas?

A história do Movimento Operário, tem sido marcados por um intensa repressão politica e por verdadeiros massacres. Citamos alguns deles; A Comuna de Paris, o qual o exercito Prussiano, aliado á burguesia francesa, massacrou os revoltosos, o qual cerca de cem mil operários parisienses foram diretamente atingidos pela repressão,com um total de vinte e cinco a trinta mil mortes. O domingo sangrento em 1905 na Rússia, onde a cavalaria atacou uma marcha que lutava contra a miséria e a fome. Também a Alemanha pós 1ª Guerra, onde grupos paramilitares assassinaram Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, as milicias nazistas no final dos anos 20, a Gerra Civil espanhola em 36, sem falar na Segunda Guerra, guerra da Coréia, guerra do Vietnã entre tantos outras atrocidades.

Já no Brasil, não devemos esquecer os assassinatos perpetrados pelos militares durante a ditadura, nem o massacre cometido pelo exercito contra trabalhadores da CSN em Volta Redonda em novembro de 1988.

Muitos ainda se apegam no modelo europeu de fascismo, para afirmar que o Bozonaro não se enquadra, pois o programa dele é “ neoliberal”, “ultraliberal”e ele nada tem de “nacionalista”, portanto não seria fascista. Como se a vida fosse em linha reta e fenômenos se repetissem de maneira e forma iguais. Esqueceram do Chile, da ditadura de Pinochet?

O “novo governo” nem assumiu e já está atolado em denúncias de caixa dois e de corrupção. Em relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), o país foi informado que uma das transações de Queiroz é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama Michele Bolsonaro. Investigado por suposto recebimento de caixa 2, o futuro ministro da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou nesta sexta-feira (7), em São Paulo, que nunca teve “nada a ver com corrupção”. A posição do futuro ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, era de carregar a bandeira “contra a corrupção” da Operação Lava Jato ao Executivo. Foi esse o motivo alegado pelo até então magistrado de Curitiba para aceitar o posto no governo do PSL. Mas ao ser questionado sobre as suspeitas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) contra o ex-assessor de Flávio Bolsonaro e ex-secretária de Jair Bolsonaro, Moro se eximiu de responder.

Partindo de que a verdade sempre é revolucionária, no mínimo temos que denunciar esse bando de moralistas fajutos, que ameaçam os direitos do povo e de saquear o o País.

Esse é um momento de muitas dificuldades para o Povo brasileiro, estamos enfrentando uma onda reacionária, com uma escalada da extrema direita. Para enfrentar esse momento, necessitamos de uma ampla unidade, de Partidos, Centrais Sindicais, Associações, entidades da Juventude. Também temos que ter palavras de ordem que mobilizem e unifiquem os movimentos.

– Liberdade para os presos políticos

– Lula Livre

– CONTRA O GOVERNO BOLSONARO

Brasil, 08 de dezembro de 2018

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