A ideia de resistir como elemento da transformação, a primeira vista parece entrar em conflito com o cerne da dialética, que é o movimento e a mudança. Resistir, embora seja uma tática muito adotada na história da luta de classes, manifesta-se também permanentemente na vida diária de grupos e indivíduos.
Em épocas de crise, no entanto, a palavra resistir é a mais empregada. Por parte da burguesia, referindo-se à necessidade de resistir à crise. Sobre este pretexto, fecham-se indústria, demitem-se funcionários, encaminham-se as famigeradas Reformas Trabalhista, Previdenciária, etc. Pelo lado dos trabalhadores, greves e manifestações contra os baixos salários, a carestia de vida, ao desemprego, ao governo, como formas de resistência aos ataques sofridos.
A resistência, portanto, coloca-se contra um tipo de movimento, onde as pessoas parecem não ter forças nem controle sobre ele. Diante disso, lutam desesperadamente, em grupos ou individualmente, para que as consequências dessa ação incontrolável, cause-lhes menos danos possíveis. Em relação às classes, a mais forte economicamente impõe as outras os sacrifícios e as penalidades mais absurdas.
Para dar um exemplo prático de como atuam essas classes poderosas, remetemos à situação dos trabalhadores em Brumadinho-MG, soterrados pela lama da Vale. Neste caso podemos ter bem claro a dimensão das punições diante da crise que a burguesia aflige à toda Sociedade. Se quisermos ir mais a fundo em nossos exemplos, basta refletirmos sobre as guerras, as migrações em massas, genocídios de todo a ordem, etc., que são outras de tantas punições impostas à classe proletária.
O que está em voga no Brasil, diante da crise colocada internacionalmente é a resistência da esquerda, dos movimentos sociais, dos democratas aos ataques políticos e econômicos, realizados pela extrema direita, o qual a burguesia como um todo, sem saída para a crise, dá o aval.
Da mesma forma, a Venezuela resiste ao golpe e as pressões dos EUA, sob o fogo cerrado dos ataques econômicos e políticos que vem sofrendo. Resiste, inclusive à dita ajuda humanitária, tendo essa resistência, para o senso comum e os desavisados, como inexplicável, mas totalmente compreensível para quem resiste ao fascismo e conhece o inimigo de “cor e salteado”.
Há resistências e resistências. Na Venezuela, o povo luta em armas para não voltar ao domínio das oligarquias burguesas venezuelanas, serviçais do império Ianque. Domínio esse que, quando estava concretizado no passado venezuelano, não possibilitava futuro algum para as vidas dos proletários e de seus filhos. O povo, sob este domínio, estava condenado à escravidão eterna. No caso da Venezuela, a resistência proletária está de acordo com a Filosofia Marxista, isto é, com a luta pela transformação.
No Brasil, a resistência, para a maioria da esquerda institucionalizada, é feita olhando-se para o passado. Fazem-na, tentando mostrar para as massas como a vida era muito melhor. No entanto, as classes que administravam outrora, são as mesmas que administram o País no momento atual. Portanto, o que essa resistência quer é que permaneçam as relações de domínios das classes como estavam e estão, antes e agora no poder, apenas condicionam a exploração do proletariado a um termo “aceitável”.
Essa é uma resistência de quem olha o mundo de costas para o futuro e de braços abertos para o passado. Essa é a razão da desconfiança das massas. A burguesia, dada a crise, não pode mais negociar parte ínfima dos seus lucros em troca de não perderem seus dedos, nem se quer pode manter os empregos dos trabalhadores, pois não dominam a crise, não dominam o movimento desta, antes são dominados por ela, e dada a situação, resistem, aniquilando as forças produtivas, isto é, matando os próprios trabalhadores.
O tipo de resistência que faremos aqui no Brasil, é decisivo na derrota da extrema direita, tanto em relação ao tempo que ela permanecerá no comando do país, bem como em relação à profundidade das transformações sociais que serão realizadas para o povo. Quando falamos em novas tarefas, essa é a primeira que deve saltar aos olhos, isto é, faremos uma resistência econômica ou política? A primeira, até pode causar desgostos na burguesia, mas não sai do seu domínio.
Os novos tempos históricos batem em nossa porta e esmagam o nosso cérebro, a sua compreensão. Presos ao passado e as formas de luta antiga, parlamentar e eleitoral, não daremos passo algum. Se a arte imita a vida, Marighella, Dandara, Zumbi, Sepé Tiaraju estão em alta no domínio popular, porque se adequam aos novos tempos históricos.
A resistência à tirania, levou ao inimigo de classe à utilização dos seus métodos históricos na eliminação dos opositores. Alguns entendem isso como erro, pois pensam que podem livrar-se do holocausto, mantendo a eterna conciliação com o inimigo. Alguns realmente conseguem, e se juntam aos bandidos da Social Democracia, que aliados ao imperialismo, não deram um passo se quer contra o domínio da exploração dos povos. Pelo contrário, seus efetivos na Europa e no mundo, gritam contra aqueles, que ousam enfrentar o império até as últimas consequências.
As mortes dos heróis citados acima, assim como a de Lênin, Hugo Chaves, os revolucionários da Sierra Maestra, em Cuba, não diminuem a resistência, pelo contrário, seu olhar para frente, na derrocada de seus inimigos, estimulam as massas, pois enraízam nelas a certeza de que os seus inimigos jamais resistirão a força do novo.
No dia 22 de Março, os partidos de esquerda, as centrais sindicais unidas e o povo, farão um ato contra a reforma da previdência e contra o governo arroto do fascismo ianque, onde será decisivo a vontade e a convicção daqueles que estarão à frente deste movimento, isto é, da vanguarda.
Portanto, além das pautas econômicas colocadas pelos movimentos, como a Reforma previdenciária, estará também a pauta política, isto é, a luta contra o governo Bolsonaro, a extrema direita e o fascismo. Os avanços e retrocessos do movimento, da organização, bem como da unidade da esquerda, dos democratas e dos progressistas nessa batalha, dependem em 99% da ação política. Portanto, a escolha é nossa.
– Abaixo governo Bolsonaro e de sua extrema direita.
– Abaixo a Reforma da Previdência.
– Unir, lutar, resistir e transformar.
– Lula Livre.
– Fora EUA da Venezuela.
João Bourscheid
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