É assim que nós entendemos esta greve: resistência ao golpe e aos ataques econômicos de Sartori. A nossa luta tem como objetivo concreto a defesa de uma série de direitos que estão ameaçados e de várias das conquistas históricas acumuladas pela categoria ao longo de sua luta na defesa do Ensino Público e gratuito. Diante da Crise do Capital, governos Neoliberais de direita, fascistas, veem como a salvação dos ricos o ataque aos pobres. Assim, direitos conquistados pelos trabalhadores numa luta de décadas são arrebatados no apagar das luzes, por governos comprometidos com a corja capitalista.
A greve se colocou como a única medida ou alternativa viável de enfrentamento a este governo que, aliado ao monopólio especulativo, ao latifúndio (FARSUL) ao monopólio da mídia fascista, aos grandes empresários da FIERGS. Este governo ao falar da crise, que é objetiva deste sistema, age atacando o povo. A mais valia, diminuída pelo fechamento dos negócios é facilitada por conta da retirada de direitos do trabalhador, diminuindo os investimentos na Saúde, Segurança, Assistência e Educação Pública. Os impostos servem para diminuir as angústias dos capitalistas que somam perdas neste momento. De outra parte, a retirada por parte do Estado na oferta destes serviços, possibilita para a iniciativa privada a abertura de um novo ramo de produção. Com isso, o trabalhador Perde duas vezes. Neste contexto, a força de trabalho, além de perder todos esses direitos, tornando-se ainda mais barata, sofre com a flexibilização dos direitos trabalhistas, o aumento da jornada de trabalho e a terceirização, que reduzem o valor do salário. Marx, já dizia no Manifesto Comunista que, uma das medidas para a burguesia sair da Crise, era a exploração mais intensas dos antigos mercados ou dos negócios existentes, dos negócios que não faliram com a crise.
Além desses ataques economicistas temos em nosso País um ataque Político ao povo brasileiro. O golpe de Estado patrocinado pelo Imperialismo e a burguesia fascista brasileira, dimensionam a crise contra o povo, pois é uma ofensiva pelos dois campos, isto é, o político e o econômico. Há uma quebra nas instituições, passando a agirem contra o estado de direito, contra as organizações populares, os partidos políticos de esquerda, sindicatos, e líderes populares. Nessa situação, dimensiona-se a necessidade da luta na rua, da unidade popular ante a perda dos espaços democráticos. Se a luta Política não for o carro chefe desta empreitada contra a direita, pouco podemos descortinar acerca do nosso futuro.
A greve do Magistério Estadual ganhou a adesão dos setores da comunidade, pais estão apoiando a nossa luta. Os Estudantes no Estado do RS, já ocupam mais de 180 escolas. É preciso diante dessa luta politizar imediatamente todos esses setores que estão apoiando a greve e inclusive os próprios trabalhadores em Educação. Combater o golpe é viabilizar a própria luta econômica. A burguesia fez isso no País, lutou economicamente com Dilma e fez com que ela própria se afastasse do povo devido a suas ações do plano econômico. Está claro que o objetivo político da burguesia foi sempre o golpe. Com o golpe ela viabilizou as perspectivas econômicas e dará curso ao seu aprofundamento com as medidas repressivas contra os movimentos Sociais.
Nossa tarefa portanto, é diante de qualquer luta específica, transformá-la na luta contra o golpe. Sartori é golpista, pertence aos setores de direita do PMDB que estão articulado com o PSDB, DEM e o fascismo em geral (internacional) para decretar perdas históricas ao povo gaúcho em especial e a todo o povo brasileiro. Por isso mais do que nunca a nossa vitória passa pelo crescimento da luta contra o golpe. Nesse sentido e, só neste, que podemos pensar no Fora Temer e no Fora Sartori!!!
Por João Bourscheid. PC
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