O espetáculo é dirigido por Luiz Antônio Rocha. Em cena, Rose Germano é acompanhada pelo músico Eduardo Torres, que toca violão e realejo.
Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón, conhecida apenas como Frida Kahlo (1907-1954), certamente, é daquelas artistas que ultrapassaram a popularidade adquirida com seu trabalho. Muito além das flores na cabeça e das saias longas, Frida deixou um grande legado para o mundo com suas pinturas, mas, em especial, para as mulheres. Símbolo da força e independência do universo feminino, apesar de todas as suas dores físicas e existenciais, ocasionadas pelos diversos problemas de saúde e por um casamento conturbado, continuava cheia de vida. Frida Kahlo pintou sua própria face um sem número de vezes e teatralizou a sua própria existência, sendo um exemplo de superação. No lugar do luto, vestiu-se de cores.
É um pouco dessa vida e obra – extremante ricas e inspiradoras – que estará em cartaz entre os dias 6 e 28 de Maio – sempre aos Sábados e Domingos – no palco do Centro Cultural Parque das Ruínas, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, com o monólogo “Frida Kahlo, a deusa tehuana”. O espetáculo tem como inspiração o diário e a obra da pintora mexicana e é composto por fragmentos de sua vida e de seu pensamento. Um dos pontos centrais da montagem, dirigida por Luiz Antônio Rocha e com atuação de Rose Germano, é a busca pela construção de uma Frida humana, bem diferente da figura pop na qual foi transformada pela grande mídia no mundo inteiro. Por onde passou, o espetáculo obteve grande sucesso de público e crítica, além do reconhecimento internacional com destaque no principal Jornal do México El Universal e na TV Mexicana.
A peça tem início com o prólogo de Dolores Olmedo Patiño, mulher responsável pela maior coleção de Frida Kahlo e Diego Rivera no mundo. Incumbida pela difusão do acervo do casal, Dolores também era apaixonada por Diego. Em cena, a atriz Rose Germano sobe ao palco acompanhada pelo músico Eduardo Torres, que toca violão e realejo.
“Frida Kahlo, a deusa tehuana”, compõe a primeira parte da trilogia “Corpo e Espírito”, baseada na pesquisa de Luiz Antônio Rocha sobre o sagrado na arte. Os outros dois monólogos são sobre os pintores Francis Bacon (“A mutilação do corpo”) e Kandinsky (“O espiritual na arte”).
A montagem do espetáculo foi longa e incluiu uma viagem de Rose e Luiz Antônio ao México, visitando a Cidade do México, Oaxaca e Teothihuacan, na qual encontraram a Frida que queriam montar. A pintora que transformou a dor em arte estava despida para dar vida à deusa tehuana.
O título do espetáculo é uma referência a uma mulher à frente do seu tempo: Enquanto as mulheres de sua geração seguiam as tendências europeias, Frida optou por um traje essencialmente mexicano. Exaltando a sua cultura, vestia-se de Tehuana, traje típico da região de Istmo de Tehuantepec no México, local onde as mulheres indígenas dominaram o mercado, lutando pela igualdade de direitos com os homens. Frida Kahlo adotava o vestido tradicional de Tehuana como uma declaração de solidariedade com estas mulheres. Sua luta e autenticidade a tornou um mito em todo o mundo. Todas as peças que compõem o figurino do espetáculo são autênticas, compradas em antiquários e artesãos indígenas da cidade de Oaxaca.
Ficha Técnica
Dramaturgia: Luiz Antonio Rocha e Rose Germano
Encenação: Luiz Antonio Rocha
Atuação: Rose Germano
Músico: Eduardo Torres
Iluminação: Aurélio de Simoni
Cenário, Figurinos e Direção de Arte: Eduardo Albini
Trilha Sonora: Marcio Tinoco
Direção de Movimento: Norberto Presta
Operador de Luz e Som: Alexandre Holcim
Assessoria de Imprensa: Ney Motta
Fotos: Renato Mangolin e Carlos Cabéra
Realização: Espaço Cênico Produções Artísticas
Confira abaixo, maiores informações sobre o espetáculo: “Frida Kahlo, a deusa tehuana”
Temporada: 6 a 28 de Maio. Sábado às 19:30h e Domingo às 19h
Local: Centro Cultural Parque das Ruínas – Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa
Ingresso: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)
Classificação indicativa: 16 anos
Mais informações: (21) 2215-0621
Faça um comentário