As eleições de outubro de 2018, ocorrem sob o domínio dos golpistas. Mesmo assim, as reivindicamos. Dizemos: É melhor ter eleição do que não tê-las. E porque exatamente pensamos desse jeito? Quando sabemos inclusive, não só o poder de corrupção que os golpistas tem em relação aos encaminhamentos dos resultados, mas também da mídia, das regras e do limitado poder das eleições burguesas. Qual é exatamente o sentido de Participar de um processo deste quando, inclusive, a maior liderança política popular encontra-se na prisão.
Teses não faltam para defender as eleições. Uns exageram no seu grau democrático, outros sonham com a manutenção dos mandatos e outros ainda que por ventura possam ocupar este espaço. Pensam que a luta institucional, no governo e no parlamento, são de extrema importância para impedir o aprofundamento do golpe e inclusive para derrubá-lo. Outros, ainda, que é a única forma de debater política, partidos, projetos de Sociedade, luta de classes, etc. Por fim, o que todos defendemos, esse encaminhamento é porque pouco sabemos fazer fora deste mecanismo burguês. Não conseguimos criar organizações populares à altura das necessidades da luta de classes. Estamos ainda distantes do povo e, principalmente, da classe operária.
Mas para fazermos uso das eleições como algo importante para a luta política, ou seja, pra fazer desta luta um verdadeiro poder de avanço de consciência e força para enfrentarmos o golpe e a burguesia, a exigência básica é unir o campo popular e dividir o inimigo. É o abc da luta de classes. Por ser o mais simples, é o mais complexo.
As dificuldades eleitorais para o campo progressista, democrático e popular são imensas. Tudo joga contra. A saída política nessas eleições é a unidade ampla já no primeiro turno, tendo um programa avançado e denunciando os golpistas. Essa é a possibilidade de vitória eleitoral, pois a unidade nos aproximará do povo dos lutadores e levará a politização da luta possibilitando com isso o aprofundamento da divisão no campo oposto. É um passo decisivo também, para depois das eleições, que essa unidade se fortaleça e avance como uma força nova no cenário brasileiro e coloque novas tarefas de enfrentamento do golpe. A sabedoria que a história da luta de classes nos passa é que as táticas e estratégias só dão certos na simplicidade da unidade popular diante do inimigo. Por isso salientamos a necessidade de construção de uma frente permanente de forças políticas e sociais de caráter anticapitalista e anti-imperialista. O crescimento da extrema direita e da fascistização é produto das próprias contradições econômicas, políticas e culturais do capitalismo monopolista e suas disputas interimperialistas.
Precisamos pautar o que nos une. A defesa da Democracia, das liberdades políticas e contra o Fascismo, são bandeiras históricas E sem dúvida, a bandeira dos democratas e progressistas, os quais devemos contar nessa campanha contra a extrema direita. Lutar contra o Fascismo, contra a extrema direita, não é apenas lutar por democracia, é evitar que a ditadura burguesa tenha curso livre na Sociedade capitalista e a burguesia possa cometer as atrocidades ainda maiores contra o povo e suas lideranças. E, essa luta, refletirá em uma organização superior, da unidade maior, da transformação de classe em si de classe para si.
Portanto o que pretendemos nestas eleições é que não permitamos a divisão do povo com ilusões a respeito do quadro eleitoral em curso, porém, não demos trégua a direita, unamos o povo nesta batalha desde o início, já no primeiro turno a luta é contra o golpe, a direita e o fascismo.
– FRENTE AMPLA PARA DERROTAR O GOLPE, A DIREITA E O FASCISMO.
– VIVA A UNIDADE POPULAR
– LULA LIVRE.
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