OS COMUNISTAS NO BRASIL

O Partido Comunista no Brasil, foi fundado em 25 de março de 1922, sob a influencia da Grande Revolução Proletária ocorrida na Rússia em 1917.

Com o avanço do fascismo no mundo e seus desdobramentos em nosso país, e o surgimento da ação integralista, foi formada a Aliança Nacional Libertadora, onde Luís Carlos Prestes foi aclamado Presidente de Honra.

O Partido, com o apoio da Internacional Comunista, torna-se o centro da atividade politica. Com Prestes aderem ao Partido inúmeros oficiais das Forças Armadas oriundos do Tenentismo. As concepções Revolucionárias encontram o País espoliado pelo imperialismo e o Povo ansioso por um Brasil Livre e Soberano. Inspirada no modelo das frentes populares que surgiram na Europa para impedir o avanço do nazifascismo, a ANL defendia propostas nacionalistas e tinha como uma de suas bandeiras a luta pela reforma agrária. Liderada pelos comunistas, conseguiu congregar os mais diversos setores da sociedade.

Contando com a adesão de milhares de simpatizantes, em julho de 1935, apenas alguns meses após sua criação, a ANL foi posta na ilegalidade. Ainda que a dificuldade para mobilizar adeptos tenha aumentado, mesmo na ilegalidade a ANL continuou realizando comícios e divulgando boletins contra o governo. Em agosto, a organização intensificou os preparativos para um movimento armado com o objetivo de derrubar Vargas do poder e instalar um governo popular .

A grande insurreição de 1935 até hoje é satanizada pela burguesia, pois pela primeira vez houve ameaça de ruptura. O Povo brasileiro, historicamente, tem sido vítima de conciliações e, ruptura do ponto de vista do proletariado, é visto com grande pavor pela burguesia.

Em 1956 ocorre o XX Congresso do PCUS, denunciando os erros do Partido na União Soviética e de seus dirigentes. Nikita Khrushchov traça uma nova plataforma política, que orienta para a coexistência pacífica, via pacífica para o socialismo, competição econômica com o imperialismo, marcando o inicio da contra revolução na URSS.

Isso levou a degenerescência dos Partidos Comunistas pelo mundo, atingindo também o Partido Comunista no Brasil. O Partido em 1958 aprova uma resolução política eivada de conciliação de classes e da “ via pacífica ao socialismo”.

Em 1961, com a renuncia de Jânio Quadros, o alto comando das forças armadas tentou um golpe de Estado para impedir que João Goulart, assumisse a presidência da república. Leonel Brizola, governador dos gaúchos, liderou uma resistência e consegue o apoio do 3º exército. As forças armadas se dividem, cria-se uma situação revolucionária mas não havia um Partido Revolucionário, com a ciência do Proletariado capaz de dirigir o processo.

Em 1964 os militares golpistas depuseram o Presidente João Goulart, interviram nas direções do movimento sindical. Lideranças foram caçadas, presas torturadas e mortas nos porões da ditadura. A repressão assassinou seletivamente as lideranças do Movimento Revolucionário. Perseguiu e matou jornalistas, estudantes; reprimiu o movimento cultural e instituiu um Estado de Terror.

Foram 25 anos de trevas, que terminaram sob a direção das Forças Armadas com a “ abertura lenta e gradual” e “ anistia ampla geral e irrestrita” e o colégio eleitoral que elegeu Tancredo Neves e José Sarney instituindo a Nova República. Nenhum torturador, assassino, general foi para a prisão.

Em 1988 foi Promulgada a nova constituição avançou-se um pouco nas garantias sociais e individuais, mas o Estado Brasileiro não rompeu com a tutela napoleônica, das forças armadas que continuam a funcionar como um poder moderador.

1989 à 1991 foram marcados pelo fim da URSS e o retorno ao capitalismo. A derrota do Socialismo não ocorreu em um ataque frontal da burguesia , mas por correntes que atuavam dentro do Partido. Na II guerra o nazifascismo alemão atacou a URSS, mas foi derrotado. Entretanto o surgimento do revisionismo, enquanto corrente política afetou direto os destinos do Proletariado. Sua base de classe é a pequena burguesia. Que surge como marxista para negar o marxismo, aparece como avançada, democrática mas é o seu contrário.

Em 2016 novamente com o aval das forças armadas, o Brasil sofre novo golpe de Estado. Nosso País vivenciou 14 anos de um governo de esquerda, que investiu nas políticas sociais, melhorou a vida do povo, mas também conciliou com a grande burguesia, armou o aparelho repressor do Estado, entre elas a lei “antiterror”, mas não alterou a estrutura do Estado que permaneceu sob a tutela das forças armadas e permitiu que o monopólio das comunicações fosse mantido. Quando a crise de 2008 atingiu nosso País, o governo de conciliação não interessava mais a burguesia, pois o povo para eles, tem que arcar com o ônus da crise. Primeiro transformaram o STF numa espécie de tribunal de Exceção no julgamento do chamado “mensalão”. Seguindo essa mesma linha, criaram a “república de Curitiba” com a “operação Lava Jato”. No Congresso Nacional, com a desculpa de que o governo Dilma teria dado umas “pedaladas fiscais” armaram o circo e derrubaram o governo. Aliás, a burguesia é formada em mentiras; em 1937 inventaram um “Plano Cohen” sobre o qual escreveu o Jornalista Hélio Silva: “A história do Brasil não registrou felizmente outro embuste, farsa, mentira, impostura, fraude, falsidade, traição,felonia, deslealdade que se equipare em suas intenções pérfidas de efeitos políticos calculados, ao Plano Cohen.”

Em março de 2018, os Comunistas com delegações representando vários estados da federação, em Belo Horizonte realizaram o V Congresso do PRC; Partido da Refundação Comunista no Brasil .

Um Pais à Deriva

As eleições presidenciais de 2018, ocorreram dentro de um golpe de Estado, sendo fraudulentas. O Juiz de primeira instância foi definidor do resultado final das eleições ao afastar o principal candidato, líder das pesquisas. Logo após ao processo eleitoral sendo elevado ao cargo de “ministro da justiça” do governo de Jair Bolsonaro.

Bolsonaro, mesmo antes da eleição, ganhou notoriedade por proferir asneiras, preconceitos e com todo esse arsenal foi conduzido a presidência da República.

A figura dele é compatível com os adjetivos, entreguista, louco, psicopata, fascista…

Em um primeiro momento, Bolsonaro foi festejado pela burguesia, foi capaz de aprovar no Congresso várias contra reformas: retirou direitos com a contra reforma trabalhista. Inviabilizou a aposentadoria dos trabalhadores na contra reforma da previdência e isso levou o País ao caos mais cedo do que a burguesia imaginava. Pelo constante destempero de Bolsonaro, a burguesia percebe que ele não consegue mais dirigir o País. Até o ministro da economia Paulo Guedes, que era preservados das críticas pelo setor majoritário da burguesia, demonstra todo o seu desatino ao não saber o que propor ou fazer para enfrentar a crise do capital agravado pela covid-19.

Paulo Guedes para enfrentar a crise apresentou um projeto de lei que tem a desfaçatez de propor a redução proporcional de salários a proposta flexibiliza a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) . A resposta do povo veio na hora com um grande rechaço através de um panelaço e um grande Fora Bolsonaro.

A esquerda institucional apresentou um plano para “salvar’ o País, com medidas econômicas parciais que está longe de ajudar os trabalhadores e o Povo em geral

A estimativa é que milhares de brasileiros sejam vítimas fatais do covid-19 e da irresponsabilidade do governo. A única medida capaz reduzir os danos causados por essa gente, salvando milhares de vidas; é afastar sumariamente Bolsonaro, Mourão, Mouro, Damares, Heleno e todos os outros do governo, convocando eleições gerais , obviamente para novembro ou dezembro. Tomara que não seja tarde demais.

– Salve os Noventa e Oito anos do Partido Comunista no Brasil

– Viva o Povo Brasileiro

– Ousar Lutar, Ousar vencer

Neimar de Oliveira Lima

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