A situação no país, nessas últimas semanas, modificou e aprofundou rapidamente o cenário em relação à política nacional. O coronavírus foi a gota d’água para que o povo, de uma vez por todas, visse a dimensão e o grau de insanidade que é a extrema direita no governo. O país está à deriva, e por mais que se atribua qualquer adjetivo ao Presidente da República, o “Fora, Bolsonaro!” significa, antes de mais nada, “Fora, golpistas!”, “Fora, fascistas!”.
A despolitização em tal situação, no caso de pandemia, leva o fascismo encontrar caminhos para aprofundar seu domínio e levar ao extremo a derrota da classe operária, já abalada pelas reformas antipovo pós-golpe. A politização deve ser sempre o norte. Cair em sono profundo no canto da sereia de que todos estão juntos nessa ou qualquer luta, é uma mentira grosseira. Nessa luta apocalíptica que estamos vivenciando, todos os encaminhamentos dados pelos governos antipovo, visam, por um lado, manter o poder, acalmar a classe revolucionária, e salvar os banqueiros e os grandes monopólios.
Não é hora de o povo brasileiro baixar a guarda. No passado, lutou bravamente contra os desmandos de um governo golpistas. Este não mediu esforços para prender, torturar e matar muitos lutadores proletários; levar à exaustão a exploração dos trabalhadores brasileiros; condenar gerações à miséria, ao medo, ao atraso; sufocar as organizações políticas populares, a democracia, etc., e recebendo no final dessa grande batalha de classe, a anistia ampla e irrestrita para os assassinos. Neste momento de grande descontentamento nacional, o “Fora, Bolsonaro!” é a palavra de ordem que se ajusta ao “Fora, Golpistas!” e chama o povo à luta para que a história não se repita por farsa.
A história do Brasil sempre foi marcada pelas articulações vindas de cima, dos acertos pelo alto, principalmente quando o povo mais anseia por mudanças profundas. É preciso, mais do que nunca, que a esquerda, os democratas, os progressistas e o povo brasileiro, unam-se para ampliar e radicalizar o combalido, o desconectado, o desgastado e o isolado Bolsonaro. Clamar nas casas, nos panelaços, nas redes sociais, em todo o lugar que for possível o lema “Fora, Bolsonaro!”, nos dará força popular para exigir o fim do seu mandato golpista e de toda a sua corja.
O proletariado deve se unir na defesa do país contra o coronavírus, e especialmente contra o vírus fascista que tomou conta do Estado Brasileiro. Varrer do país esse surto político e biológico deve ser a ação de todos que almejam dias melhores. A luta é o único requisito para dizer que os fascistas “não passarão”.
– Sem trégua para os fascistas. Fora, Bolsonaro!
– Guerra ao coronavírus! Guerra ao bolsonarismo!
– Os fascistas não passarão.
– Viva a Revolução e o Socialismo!
João Bourscheid.
Apenas palavra de ordem. A questão central: correlação de forças.
Organizar os trabalhadores: convocar o 3° CONCLAT. Unificar as lutas.
Frente Ampla – campo democrático e popular. Defesa da soberania nacional.