Desde a greve de Chicago, em 1886, o movimento sindical comemora o Dia do Trabalhador. Este ano, apesar da pandemia e das repressões, o proletariado se manifestou no mundo inteiro, mantendo a tradição combativa que imprime um significado à data maior de sua presença permanente na luta de classes, reivindicando por seus interesses imediatos e afirmando seu compromisso com a emancipação humana em face do capital.
No Brasil, o 1º de Maio Unificado – em forma eletrônica de live – foi um marco na trajetória do sindicalismo. A participação de nove centrais na condição de convocadoras e realizadoras, com apoios de alguns movimentos populares e personalidades políticas, retoma o valor que reúne as representações do mundo laboral e as integra com amplitude na disputa política em defesa da saúde, do emprego, do salário e do regime democrático.
Seus nomes devem ser nomeados, pois, após anos de fragmentação, anunciam um possível novo tempo: Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB); Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB); Central Única dos Trabalhadores (CUT); Força Sindical (FS); Intersindical; Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST); Pública; e União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Tais entidades revivem os princípios da unidade e da unicidade, fios condutores basilares do sindicalismo há mais de 150 anos: surgiram na construção da AIT em 1864; passaram pelas resoluções aprovadas nos Congressos da Internacional Comunista nos anos 1921 a 1935; emergiram na sociedade brasileira durante os primeiros encontros operários no início do século XX; reapareceram em momentos organizativos especiais.
Os episódios mais notáveis residem na criação da Central Geral dos Trabalhadores (CGT), 1929, da Confederação Sindical Unitária (CSU), 1935, do Movimento Unificador dos Trabalhadores (MUT), 1945, da Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). 1946, do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), 1960 e da unitária Comissão Nacional Pró-CUT, 1981. Tal legado é a fonte inspiradora do 1º de Maio Unificado.
Unidade e unicidade no combate à Covid-19 e à sabotagem reacionária!
Unidade e unicidade pelos direitos e conquistas trabalhistas e sindicais!
Unidade e unicidade em defesa das liberdades e do regime democrático!
Unidade e unicidade na luta contra a exploração e a opressão capitalista!
Protagonismo proletário na frente ampla de oposição ao Governo Bolsonaro!
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