FRENTES DE LUTAS MARCAM TODO MÊS DE MARÇO
Francisca Jesus
Negra, Mãe,Periférica, Historiadora,Especialista em Direitos Humanos e Cidadania, Feminista e ativista social e política.
No dia 8 de março se instituiu um dia Internacional e nacional de lutas e enfrentamentos as bandeiras de resistência das mulheres, mas vai além, marca também um início de construção de um levante de denúncias das múltiplas violências sociais, institucionais, higienistas e genocidas que perpassam a vida das mulheres brasileiras, somos mulheres Negras, Indígenas, Refugiadas, Lésbicas, Trans, Trabalhadoras Rurais, Trabalhadoras Urbanas, que vem se mobilizando e se construindo e se entendendo como ser atuante social e político.
Estamos vivenciando Políticas Públicas Federais, Estaduais e Municipais que acabam por incentivar a morte, feminicídio e a forma com que a imprensa retrata os casos e de que forma a maioria das mulheres é colocada nas cenas desses feminicídios e crimes, é uma construção social enraizada e impregnada da invisibilidade e silenciamentos ao longo da História. Somos institucionalizadas e manicomializadas, retiradas de nossas famílias, somos rotuladas como loucas, histéricas, descompensadas e dementes, para caber dentro de um modelo de molde social que exalta o patriarcado, nossos corpos são vistos como públicos e sempre a serviço do patriarcado.
A construção do Movimento 8 M, vem trazendo como bandeira principal o FORA BOLSONARO, esse movimento é constituído de Coletivos, Entidades, ONGS, Movimentos Populares e por Mulheres autônomas,Frente de Mulheres Parlamentares Municipais de Esquerda e Mulheres Partidárias, que se juntam nessa construção e erguem sua voz coletivamente contra a forma genocida e nefasta que age e atua nessas esferas do governos, apoiados por um entendimento de massacre da população brasileira e principalmente da vida das mulheres.
Esse movimento vem crescendo a cada ano e sua mobilização é contínua, seremos mais, seremos muitas, seremos e lutemos por liberdade.
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