Papel do Indivíduo e do Partido na Luta Pela Revolução Proletária

Às vezes nos perguntamos, se haveria revolução proletária na Rússia sem Lênin. É provável que esta seja uma pergunta mal feita. Primeiro, é preciso dizer, seria impossível ocorrer uma revolução proletária na Rússia, sem um proletariado capaz de assumir pra si os desafios históricos de sua época, inclusive a de levar a revolução até as suas últimas consequências, além de todas as questões objetivas que são vinculadas as leis da revolução. Mas é diante desses aspectos existentes que aparece o papel do indivíduo que ganha notoriedade diante desses desafios históricos, e sabe fazer com que os elementos revolucionários convergem na direção certa. Nesse fundamento, isto é, nas condições objetivas existentes que operam o fator decisivo, subjetivamente, de uma ou mais pessoas na organização da classe revolucionária.

Daí nasce a concepção Leninista de que sem teoria revolucionária não há movimento revolucionário. E se um indivíduo tem papel destacado nisso, um partido terá milhares de condições a mais, para tal envergadura. Lênin se colocou na tarefa de levar a cabo os dois movimentos, ele próprio trouxe para si os combates das teorias mais atrasadas e rebaixadas do movimento (antirrevolucionárias), bem como, preparando um verdadeiro exército de lutadores, organizados, disciplinados, da classe proletária, para impulsionar essa luta. Portanto, a voz, os olhos, a vontade da luta revolucionária multiplicada por 100, 1000, um milhão.

Agora pensemos o contrário. Se mesmo tivesse um proletariado na Rússia capaz de assumir a revolução proletária e demais condições acima descritas, e fosse conduzido ou dirigido por uma direção com uma teoria Social Democrata, é provável que, com toda a boa vontade esse proletariado Russo não sairia do lugar. E o pior, essa direção teria difundido uma perspectiva rebaixada da luta, e se esse proletariado assumisse tal concepção, não daria sequer um passo adiante na luta de classes.

Portanto, às vezes um indivíduo é:  ele próprio; a concentração de um Partido todo. Mas a dialética ousa a desfazer essa crença. Além de ser as leis da quantidade que levam as qualidades, uma andorinha não faz verão, como diz o ditado. Por mais que Lênin tivesse a consciência de seu potencial no desmascaramento do oportunismo e de conduzir eficazmente o proletariado em táticas adequadas, ele sempre se debruçou na construção do Partido, como ele sendo o elemento chave nas horas decisivas frente ao inimigo de classe e para mobilizar, organizar, desenvolver e difundir a teoria revolucionária. Mas esse partido, por nenhum momento sequer, deve deixar de combater internamente também as concepções dos inimigos de classe. Elas entram a todo instante, tentam desviar a consciência dos menos preparados e mais sensíveis às concepções da classe burguesa, principalmente a pequena burguesia que no Partido atuam, os setores ainda não proletarizados, etc.

Para termos um exemplo do papel do indivíduo e do partido, temos Lula e o PT. A força e o poder político que Lula tem junto ao povo, se não tivesse um Partido e uma militância que o defendesse além da causa partidária, é provável que ele teria sucumbido ao golpe conduzido pelos EUA com Moro e a Lava Jato a frente. O golpe tinha o interesse de destituir não apenas a Dilma, mas em aniquilar a maior liderança do povo brasileiro bem como de seu Partido. Esse foi talvez a maior contradição que o golpe enfrenta na atualidade, pois esse partido não se destruiu. Mas o que seria então, se o PT tivesse detectado que haveria um golpe e tivesse chamado o povo à luta? Teríamos hoje um cenário totalmente diferente. Mas essa tarefa histórica ficou aquém das necessidades, foram rebaixadas ao nível Social Democrata, e como estamos vendo, levou ao atraso da luta proletária. Não compreenderam o golpe e tão pouco souberam lutar contra ele. Por isso que salientamos a necessidade histórica do Partido Revolucionário no Brasil, que hoje pode muito bem, se adequar a uma Frente de Partidos Revolucionários.

O atrelamento institucional de certos setores de esquerda, chegam ao ponto de muitas vezes não haver sequer diferença aos projetos políticos dos partidos burgueses tradicionais, ou quando se diferenciam é apenas por posições totalmente economicistas. Cumprem apenas uma tarefa democrática burguesa, sem no entanto impedir que o Fascismo ocupe espaço.

Neste 25 de Março que data da fundação do Partido Comunista no Brasil, e que completa 99 anos, a nossa existência é demonstrada na prática, como produto das necessidades históricas da classe proletária mundialmente e logicamente do Brasil. Sem um partido que une o proletariado e demais agremiações afins, que trate a questão da revolução como produto essencial da contradição do antagonismo de classes no rumo da superação desse antagonismo e não de sua continuidade. Sem ter essa luta como prioritária, em cada novo embate aberto de classes ou nas crises econômicas do Capital, atuamos mais como bombeiros ou como elementos da política de Salvação Nacional, que serve politicamente a burguesia.

A necessidade histórica, mesmo que seja objetiva, na Sociedade humana só pode ser realizada, pela ação consciente da classe revolucionária. Por isso a teoria revolucionária. Além do aprofundamento científico, do estudo constante é preciso também ter ousadia de inventar certos mecanismos para que o projeto revolucionário flua e alcance seus objetivos. Se nesses 99 anos, embora muita luta e dedicação dos comunistas, e sem querer negar o poder reacionário da burguesia atrelada ao imperialismo ianque, mas o que se consolidou nessa trajetória toda, foi o acomodamento nas instituições legais, e uma destruição completa de organização do povo em prol da ruptura.

Aproveitamos a data histórica, para lançar a Frente Revolucionária a ser discutida com as demais organizações que tenham a perspectiva Revolucionária. A própria democracia tem de atender uma luta objetiva de classe, ou melhor, aproveitar ela para romper com o sistema e não para aperfeiçoar a legalidade da exploração burguesa.

Ao comemorarmos os 99 anos de Fundação do Partido Comunista no Brasil, damos um Viva ao Proletariado, em especial ao Povo Brasileiro, aos países que fizeram a Revolução Socialista. Nosso Viva, nosso Salve, também é um chamamento aos indivíduos e as organizações Proletárias do Brasil, para juntos Construirmos a transformação Social no Brasil. Viva a Luta Revolucionária.

 

Fora Bolsonaro, Mourão e sua corja.

Em defesa da luta pela Soberania. Lula livre.

Abaixo o Fascismo e pela Construção imediata das ALNs

Partidos Marxistas leninistas unidos em uma Frente Revolucionária.

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