Continuarmos Mobilizados

“… O Manifesto Comunista estabelece que os Comunistas lutam pelo interesse imediato da Classe Operária, mas representam no presente também o futuro do movimento. Encara a sociedade em movimento. Certamente não considera unicamente o lado do movimento que olha para trás, sem fé em si mesma, sem fé no povo, resmungando contra os de cima, tremendo diante dos debaixo, esbaforida diante da tempestade mundial, sem iniciativa; um velho maldito condenado a seu próprio interesse senil…( Nova Gazeta Renana- 1848)”

 

No dia 29 de maio do ano corrente, o povo tomou as ruas, mostrando que está indignado com o governo e que a palavra de ordem “Fora Bolsonaro” foi capaz de aglutinar amplos setores do Povo brasileiro.

O fato das manifestações não serem “espontâneas” rompe com a ideia difundida pela burguesia de que os Partidos e as bandeiras vermelhas não podem ir às ruas. Ficou claro que o mínimo de organização e consciência política é capaz de impulsionar amplas massas numa ação coletiva sobre a realidade social. Que trema a burguesia com as bandeiras vermelhas e os gritos das ruas.

Acabamos de realizar uma jornada de atos nas ruas pelo “Fora Bolsonaro” e ele, Bolsonaro, segue debochando do Povo, das 500mil vítimas fatais com sua ineficiência com sua incompetência. Bolsonaro acaba de trazer para o Brasil, a Copa América, que devido a pandemia, não pode ser realizada na Argentina.

Temos que continuar mobilizados e nas ruas, pressionando o governo. É o momento das centrais sindicais, os sindicatos e a esquerda convocarem uma Greve Geral. A Pandemia só será debelada com vacina para todos e isso somente ocorrerá com a derrubada desse governo.

Neste momento de crise profunda do capital, a consciência da população avança no instante em que existe luta. Essa crise, quer pela profundidade (econômica, política e social), quer pela incapacidade da burguesia em resolvê-la, tende a tornar-se uma crise de poder (entendendo que governo não é poder, governo é parte do poder).  Hoje o poder é exercido pela burguesia. Ela que está em crise, embora que se ela continuar com o poder quem arca com o ônus, quem paga a conta da crise, é o Povo.

Durante a pandemia temos visto os ataques contra os direitos do povo trabalhador. A pandemia é sem dúvida nossa maior tragédia, neste momento de vulnerabilidade do Proletariado organizado, a burguesia aproveitou para, como eles mesmos afirmaram, “passar a boiada toda”: aprovaram medidas para acabar com os direitos do Povo, com as empresas nacionais Públicas, entregaram parte de nossas riquezas, (o petróleo, entre elas) para o imperialismo. Sem falar em parte do território onde situa-se a Base de Alcântara para os yankes. Neste ataque que sofremos não houve diferença entre direita e extrema direita, existiu isso sim uma unidade deles contra o Povo Brasileiro.

Somente na Luta garantiremos nossas liberdades, nossos empregos. Somente nas ruas teremos nossa liberdade de termos sindicatos livres, autônomos e com autoridade para defender os direitos dos trabalhadores. Somente nas ruas o campesinato terá acesso à terra para nela produzir.  A esquerda unida, unifica o Povo.

Mesmo se não for possível derrubar nas ruas esse governo, temos que desgastá-lo, ganhar a opinião pública, estarmos em sintonia com amplas massas. Precisamos denunciar que o governo Bolsonaro é golpista, culpado pelas milhares de mortes, indigno e submisso ao imperialismo estadunidense.

Os comunistas precisam atuar para buscar mudar a correlação de forças da luta de classes. Para isso, precisam ter a clareza da necessidade de possuírem táticas que aglutinem e envolvam diferentes forças, além das revolucionárias. No quadro atual é indispensável que estas forças estejam minimamente comprometidas com a luta pela soberania nacional, com as necessidades da classe trabalhadora, contra os ataques de cunho burgueses e imperialista. Por isso, é indispensável o esforço para provocar e construir uma Frente de Esquerda e não a Frente Ampla, proclamada por alguns setores da própria esquerda (que contaria com organizações da direita, neoliberais e antipopulares). Esta Frente de Esquerda terá a função de lutar em todos os campos de batalhas. No campo eleitoral ela precisará lançar um candidato capaz de vencer os fascistas.

Vendo a possibilidade de ampla mobilização e o movimento conquistar a sociedade, a burguesia pode acenar com a tradicional conciliação. Mas as contradições e antagonismos de classes tornam difícil o caminho dos conciliadores, sendo assim esse embate só terminará quando um dos lados depuser as armas, como fez a Social Democracia na II Internacional.

Vivemos num momento histórico que “há dias que condensam em si, anos de desenvolvimento”.  Nesse sentido o quadro que acompanhamos no mundo, onde o centro do imperialismo está envolto em uma crise interna profunda, o significado de termos Luta nas ruas é fundamental para derrotarmos o fascismo e o genocídio. Para tanto apresentamos um programa de Defesa do Povo para a retomada de seus direitos e conquistas e avançarmos na Defesa da Soberania Nacional derrotando o imperialismo como um todo e o norte americano especificamente.

Apontamos alguns itens que entendemos deverão compor o Programa de Defesa do Povo Brasileiro.

 

 

 

– Devolver os direitos roubado dos Trabalhadores:

* direitos Trabalhistas

* direitos previdenciários

* atualizar e melhorar os direitos previstos na CLT

– Estatizar o que foi privatizado

– Vacinação para todos

– Fim da tutela das forças armadas

– Acabar com a lei de segurança nacional

– Desmantelar os organismos de repressão

– Democratizar os meios de Comunicações.

– auxilio emergencial digno, para os que necessitarem, enquanto houver crise.

– Defesa da Soberania Nacional

Fora Bolsonaro e sua Corja

Viva a Unidade dos Trabalhadores

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