O povo já decidiu, é Lula nas urnas e luta nas ruas

Depois de o povo na América Latina impor sucessivas derrotas aos conservadores, à direita, à extrema direita fascista e, sem dúvida alguma, ao imperialismo, agora o coroamento principal está a acontecer no Brasil. Nesse segundo turno, o mar vermelho tem tomado as ruas de todo o país e a massa não se cansa em gritar Lula lá. O desespero dos fascistas é tão grande que a aposta na compra de votos triplicaram, a perseguição aos trabalhadores que votam em Lula e até o cerceamento de ida às urnas, tem movido a burguesia de sul a norte do país. Em cidades pequenas e grandes, os relatos são imensos desse desespero.

A burguesia de todos os países, começando com o imperialismo dos Estados Unidos, da Inglaterra, da Alemanha, da França, do Japão e por aí vai, as notícias que chegam para o ano de 2023 é de extrema recessão, inflação galopante, fome, miséria, etc. A tal proposta de salvação do meio ambiente foi para os ares, agora vale tudo, desde a queima de carvão mineral, desmatamento, reativação acelerada (e aí que mora o perigo) das usinas nucleares. A queima de qualquer combustível fóssil é agora o objetivo ante o desespero de perda dos lucros. Além disso, diminuir os salários e a assistência social é o que move todo esse mundo civilizado. A civilização dos civilizados do capital está atrelada à taxa ou à massa de mais valia no bolso da burguesia. A história, nessas épocas de crise, coloca luz no lado oculto das ilusões pequeno-burguesas, de que existe uma moral em algum capitalista em cuidar do planeta, das pessoas ou do futuro em descompasso com o lucro máximo.

Como uma primavera aos avessos de 2013, como se a história viesse cobrar da esquerda uma postura mais avançada diante do golpe e daquilo que gerou (a extrema direita e o fascismo no poder de Estado), agora não titubeou neste segundo turno, de dirigir o povo nas ruas de todo o país. É sem dúvida uma primavera ao avesso, que da mesma forma como em 2013, poderá abrir caminho talvez a lutas mais elevadas em defesa da Soberania Nacional. E por conta da crise profunda de todo o sistema que faz a burguesia se enredar até a medula, tendo que inclusive para sair dela se aventurar em uma nova guerra de proporções talvez ainda não vistas, que faz com que as nossas projeções não deixem dúvidas de sua objetividade, e as massas nas ruas nos dão ainda mais a certeza dessa perspectiva.

A humanidade diante da história da qual ela mesma faz (embora não do jeito que quer) tem papel decisivo no avanço e no atraso social.  Quando a força que tem o papel revolucionário se omite em seu papel, ela reforça o atraso e rebaixa a consciência da luta, cria um verdadeiro mundo obscuro, da servidão, onde a metafísica é a base de tudo. O fascismo se alimenta não só daquilo que é mais atrasado na classe burguesa, mas também da pouca força que tem o novo em revolucionar o mundo. Tem pouca fé no seu papel histórico. Isso explica a força da religião no cenário político.

Dar pleno curso à luta de classes, chamando o povo para não se intimidar diante da exigência da transformação, é uma das tarefas da direção proletária. Estamos vendo isso neste momento. As massas, na América Latina, foram às ruas combater o reacionarismo posto, mas além disso, levam consigo o desejo de transformação social. O reacionarismo da burguesia a serviço do império não está com a vida mansa. Na Bolívia, no Chile e principalmente na Colômbia, o povo deu sinais da sua determinação histórica neste momento. Aqueles que foram conduzidos ao posto, ao não abraçarem as exigências ou diminuírem as perspectivas históricas, não cumprirão devidamente a direção assumida. Passarão a história.

O mundo convulsiona também nos grandes centros do imperialismo. O Fascismo que institucionalmente é utilizado pelos EUA e pela Otan para dirimir qualquer perspectiva mais avançada de luta, abre no próprio país do norte a sua cepa, tal o grau de contradição em que a crise vem se aprofundando. Republicanos e Democratas, que deveriam marchar juntos na defesa do império, já não conseguem mais ocultar as suas fissuras que avançam na divisão social. É um momento importante para o proletariado de lá fazer história.

E aqui no Brasil, as mobilizações têm atingido neste segundo turno um significado importante da luta. Em hipótese alguma deveremos tirar as massas da rua. Ganhando ou perdendo as eleições, devemos cumprir com a mobilização e a construção de Comitês em Defesa da Soberania (as ALNs). Mesmo os sindicatos devem dar o exemplo de construir essas lutas em suas categorias. Universidades e escolas secundaristas devem ter a mesma conduta. Temos que ter claro que essa luta não é apenas eleitoral, mas pode ser o início de uma grande virada histórica desde 1500. O Brasil Soberano pode avançar, basta a esquerda não diminuir o papel histórico atual da luta de classes, trocando as perspectivas transformadoras por migalhas economicistas, tal como desvalorizar o papel protagonista das massas.

O povo já decidiu, é Lula nas urnas e luta nas ruas para desespero dos fascistas.

Fora Bolsonaro e toda a sua corja de fascistas.

Em defesa de um Projeto Político Soberano para o Brasil.

Em defesa da criação dos Comitês da ALN.

Lula Presidente.

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