O presidente da Bolívia, Evo Morales, denunciou, no último dia 30, em conferência de imprensa que a rede estadunidense CNN conspira contra seu Governo e contra países anti-imperialistas e progressistas.
Em fevereiro passado, às vésperas de um referendo sobre reforma constitucional, o jornalista e agente norte-americano, Carlos Valverde, acusou o mandatário de tráfico de influências em prol de um antigo relacionamento seu, Gabriela Sapata, e disse que ambos tinham um menino.
Pouco depois, CNN especificou uma entrevista com o suposto filho do presidente e, ainda que deu-se conta que não era o menino procurado, não o denunciou oportunamente.
“Se tivesse sido um jornalista responsável deveria denunciá-lo, mas como era um meio de comunicação de conspiração política, calou-se e não denúnciou. Aí está a cumplicidade de um delito”, afirmou.
O chefe de Estado lamentou que alguns jornalistas se prestem ao jogo da conspiração política e disse que a Promotoria seguramente convocará ao correspondente da CNN para que seja pesquisado.
Evo ainda afirmou que alguns meios de comunicação prejudicam a Bolívia.
“Estou pensando em convidar, convocar, aos donos desses meios de comunicação para ver se é decisão deles ou do jornalista, mas não podem fazer dano a Bolívia”, afirmou.
Recordou o mandatário que quando lançam mentiras não afetam ao Presidente, mas sim ao povo.
Meses após o início da guerra suja através de alguns meios e das redes sociais para tratar de danificar a imagem do mandatário, o caso Sapata desmontou-se depois de que várias investigações demonstrassem a falsidade das acusações.
Não obstante, analistas políticos coincidem em que esta campanha incidiu nos resultados do referendo sobre a possibilidade de uma nova postulação presidencial.
Durante a coletiva de imprensa na residência do chefe de Estado, este recordou que pela primeira vez o país vai bem, apesar da baixa do preço do petróleo.
Bolívia encabeça hoje o crescimento econômico na região, com cerca do cinco por cento anual, é o país com a mais baixa taxa de desemprego no continente e o que mais reduziu a pobreza na última década.
Fonte: Prensa Latina
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