ÀS RUAS, À ESQUERDA, SEM VACILAÇÃO.

Como produto científico, a política está relacionada diretamente a economia, ao poder, a força de classes, ao Estado, a guerra. Mas se as ciências, seja qual o ramo dela, não dependesse do desprendimento de quem investiga, nas tentativas de se aproximar do objeto, de conhecê-lo, dominá-lo, logicamente, diminuiríamos muito o papel do artista, ou seja, da arte.

Assim, nos propósitos científicos, entendemos que o cientista só terá êxito em sua tarefa, se ao mesmo tempo seu lado artístico se pronunciar em alto e bom som. Em outras palavras, não se acomodar, dado alguns resultados indesejados. Foi nesse sentido, que Lenin escreveu sobre os sonhos, dizendo que é preciso articular a realidade sem utopia e sem perdê-la, dizendo que: “os sonhos devem ser escrupulosamente analisados. Sonhar é preciso”. A física descobriu a lei da gravidade, mas foi Santos Dumont que colocou o avião no ar.

O que se pretende com essa relação acima traçado? Que as nossas lideranças políticas de esquerda e popular, perdem o sonho quando conciliam. Deixam de ser cientista e ao mesmo tempo artistas, pelo menos de esquerda. Imprimem ao povo, uma tarefa que ele (o povo) faz com desgosto, pois lhe distancia da liberdade. Mas os interlocutores, que acham que a vida só existe na escravidão, e quando sonham no máximo chegam na escravidão assalariada melhorada, seguem dizendo, que esse é o caminho.

Marx, não seria cientista e artista se, com toda a análise detalhada da realidade capitalista, não chegasse a conclusão de tomar os céus de assalto. Lênin não teria sido o comandante da revolução proletária Russa se, apenas, traduzisse o Marxismo para o Russo. Engels, não despertaria sua genialidade em todas as áreas científicas se não talhasse cada palavra com seu humor perspicaz. Stalin, condenado e odiado pela ‘esquerda”, a sua arte não é revelada em nenhum destes opositores, qual foi, o aniquilamento do Nazi Fascismo.

Na luta contra a extrema direita em nosso país a juventude secundarista e universitária pintou o quadro da luta de classes, com tonalidades vermelhas o que assustou tanto os do palácio da alvorada, o centrão e a própria esquerda. O proletariado se manifestou, nas ruas, como uma terceira força sob o comando da juventude. A rua assustou a todos, e porque?

Porque se essa luta se aprofundar com o proletariado somando-se na greve geral do dia 14 de junho, Bolsonaro não resiste, a reforma da Previdência não sai e a os fascistas tem novo problema pra resolver. Pra esquerda, o problema é não causar problema, além da cota. E qual é a cota? É uma oposição propositiva. Radical, mas propositiva. Radical, mas parlamentar. Radical mas eleitoral.

Por fim, é uma tradução mal feita da luta de classes, onde falta talento para o cientista e sobra preconceito a força das ruas e a classe proletária. Em outras palavras, o cientista e o artista aqui se arrastam frente as necessidades históricas, porque ambos ainda estão vinculados a ideologia burguesa. E como diz o poeta: A Burguesia Fede.

– às ruas para derrotar Bolsonaro e Mourão e sua extrema direita.

– Todos a Greve Geral.

– Fora EUA da Venezuela.

– Lula Livre.

João Bourscheid.

1 Comentário

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*



The reCAPTCHA verification period has expired. Please reload the page.