Estamos vivendo uma crise econômica, sanitária e política que afeta a maioria do Povo.
Diversas pessoas estão, neste momento, pensando, projetando o mundo pós covid-19. Vários segmentos, projetam o futuro, como se o vírus tivesse o poder de mudar para melhor a humanidade. Nesta visão, superada a pandemia, o mundo será melhor, as pessoas mais solidárias.
Outros tratam a doença como uma questão civilizacional. Isto é, a humanidade é que está em perigo. Neste combate não existe luta de classes: “todos unidos contra o covid-19”… até parece.
Mesmo na Pandemia, não tem como abstrair a luta de classes. Cada segmento, governos, classes ou fração de classes, adotam medidas para proteger-se e defender seus interesses. A população pobre é que está desprotegida; condições precárias de moradia, transporte público superlotado, que são facilitadores de contágio. Quem vai ser salvo? Quem deve ser condenado a essa morte sofrida pela falta de oxigênio? (destaco Morte sofrida, pois segundo relato, é uma morte com muito sofrimento) quem está decidindo quem deve morrer? Quais os critérios desse absurdo?
Desde o golpe em 2016 os setores democráticos e de esquerda, perderam a iniciativa da ação. O que temos visto é a disputa acirrada entre a direita e a extrema direita. Os setores populares ficaram sem direção, a mercê do espontaneísmo.
A crise econômica é anterior a pandemia, mas foi afetada e aprofundada pela doença. O mundo parou!
As pessoas se perguntam: como e quando será a retomada do desenvolvimento econômico?
A crise econômica, pela sua magnitude, deverá ter desdobramentos no campo militar, em outras palavras, guerra, pois é assim que a burguesia resolve suas dificuldades.
A extrema direita e seu governo, encontram-se isolados. Esse aparente isolamento não significa fraqueza. A política do isolamento, faz parte de tentar impor sua vontade, sua política pela força. Bolsonaro, Mandetta, Moro é tudo farinha do mesmo saco, não tem inocente, todos são responsáveis pelo caos.
Falar da covid-19 seu perigo de contágio, sua letalidade, de que não há vacina, falar da irresponsabilidade do governo Bolsonaro, sua indiferença aos mortos, ao sofrimento… falar das práticas fascistas, utilizando a violência como método político, disseminar o ódio, a desagregação, utilização de ameaças de grupos armados paramilitares; O que precisa mais para esse governo ser derrubado?
O Brasil enfrentou a crise de 1929, com um movimento armado que colocou Getúlio Vargas no governo provisório em 1930. A situação agora é bem mais complexa e não se resolverá fruto de conciliação ou com facilidades para a burguesia. Tudo indica, que viveremos confrontos de envergadura e o Proletariado tem que ter o mínimo de organização.
Com certeza se aproxima o momento de além da denúncia, agirmos. A possibilidade deste momento mantém os revolucionários vivos e atentos.
– Fora Bolsonaro
– Por eleições gerais e livres
– Viva o Povo Brasileiro
– Ousar lutar, ousar vencer!
Neimar de Oliveira Lima
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