O ferimento causado em Jair Bolsonaro, por ação individual e com motivações nebulosas, é um fato grave, sério e condenável.
Os comunistas sabem sobre o que estão falando: sempre foram alvo de violências, no mundo e no Brasil. Além da repressão em passado remoto, enfrentaram assassinatos e torturas durante o regime ditatorial-militar. Quanto a outros militantes populares, inúmeros têm sofrido crimes até hoje impunes, como a execução de Marielle Franco e o atentado à caravana de Luiz Inácio Lula da Silva.
Ademais, os marxistas criticam o terrorismo grupal e isolado por traduzir formas ideológicas e valores pequeno-burgueses, facilmente manipuláveis pelas provocações reacionárias, como também por substituir a mobilização, a rebeldia e o protagonismo das massas exploradas e oprimidas, únicas vias eficazes, legítimas e revolucionárias de resistência democrática e transformação social.
Por via de consequência, o Partido da Refundação Comunista considera inaceitável qualquer interpretação pautada em postura condescendente, superficialidade política, especulação leviana e teoria conspiratória sobre o acontecido em Juiz de Fora, bem como reivindica o seu esclarecimento para se garantirem os direitos fundamentais, inclusive dos suspeitos, e se punirem as responsabilidades.
Com a mesma veemência, repudia as ameaças efetivadas por correligionários partidários do político atingido, para os quais “a mesma esquerda que acusa de intolerância atacou o candidato” e “agora é guerra”. Por fim, alerta os democratas e progressistas sobre o uso oportunista e eleitoreiro da tragédia para tumultuar o pleito com propósitos conservadores, obscurantistas e despóticos.
Brasil, 7 de setembro de 2018,
Comissão Política Nacional do PRC
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