FORA BOLSONARO!

Dizem que é o econômico que determina a política. Sem dúvida, isso em nada altera o fato de que, a política é a economia concentrada. Nesta última semana, ou um pouco mais do que isso, vemos um imperialismo nervoso, economistas burgueses em paranoia, bolsas de valores em queda virtual, a bolha capitalista pronta para um novo estouro. Tudo por conta do corona Vírus? Lógico que não, mas isso não quer dizer que não tenha relação alguma com a crise do Capital.

O ataque a China é um indicativo forte do que o imperialismo naufraga rapidamente. A guerra imperialista já não é mais possível ser contida nos marcos de uma guerra simples, local, regional. A Rússia, semana passada, já anunciava em uma Conferência em Munique (Alemanha), que a economia global degenera rapidamente e que a segurança internacional estava ameaçada pelas grandes potências. As tentativas desesperadas dos EUA em deteriorar a economia Chinesa tem dado certo mas, não na profundidade que almejam, pois a guerra comercial, os investimentos na Revolução colorida de Hong Kong , as tentativas de guerra não convencional, associadas a epidemia do corona vírus, produziu tremores na China mas, produziu, também, verdadeiros tsunamis no imperialismo.

Sabemos logicamente, que a burguesia tenta demostrar que o seu sistema político econômico é eficaz, e que tem garantias milenares. Assim, o problema surge por conta de bolhas habitacionais, por indivíduos corruptos, por vírus que não estão no script. Ora, sabemos que, um sistema que entra em bancarrota por conta disso, é um sistema frágil historicamente e sua elasticidade mantém-se no limite da força e subjetividade da classe revolucionária.

É nesse quadro dramático economicamente, que Bolsonaro e sua extrema direita se movem, além dos percalços de uma América Latina, dividida entre o crescimento do fascismo e a luta popular. Hora ligam pra Trump, que não atende, pois está tentando apagar o fogo da crise. O maior parceiro comercial do Brasil, a China, tem inúmeras e maiores preocupações, que pouco está interessada nas suas angústias. Com todas as reformas antipovo, a burguesia devia estar surfando, pulando de alegria, de bem com a vida, feliz. Mas estranhamente, continuam com medo de um iceberg no meio do Oceano. Por que? Porque o Brasil não é uma ilha, e o imperialismo que abrange o sistema econômico da nossa burguesia, está carrancudo e precisa de mais e mais saldos para enfrentar a crise. Além disso, precisa de guerra, e guerra custa dinheiro.

A oportunidade de viver por 10, 15 ou 20 anos navegando na fome e na miséria do povo, contando piadas e vivendo como miliciano, abraçando general e fazendo pose com arminha, foi constrangida pela performance medíocre do Capital internacional. E o povo, diante da crise e das brigas entre os burgueses que querem salvar seus capitais, rompendo com a irmandade capitalista, sente algo estranho no ar, que o barco ruma ao naufrágio.

Por isso, é hora de unir, botar o bloco na rua e impor uma grande derrota aos fascistas, pois o poste mais podre de um sistema econômico, só caí se tiver a força de outra classe. E não adianta, se não empurrar o poste não cai. E se não cair, pode criar raiz. A política tem este caráter, de não perder o trem da história.

– Abaixo o Fascismo.

– Fora Bolsonaro/Mourão e sua extrema direita.

João Bourscheid.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*



The reCAPTCHA verification period has expired. Please reload the page.