A luta pelo Socialismo e a luta pela Soberania estão de mãos dadas no Brasil

No discurso de Martin Niemöller, que diz: “Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas, mas, como eu não era comunista, eu me calei. Depois, vieram buscar os judeus, mas, como eu não era judeu, eu não protestei. Então, vieram buscar os sindicalistas, mas, como eu não era sindicalista, eu me calei. Então, eles vieram buscar os católicos e, como eu era protestante, eu me calei. Então, quando vieram me buscar… Já não restava ninguém para protestar”; depõe para a nossa compreensão que são os comunistas os inimigos número um dos Fascistas e o Socialismo o caminho que tal concepção (fascista) quer impedir.

Os Nazi/Fascistas são, antes de mais nada, anticomunistas. Portanto, Hitler e seus cúmplices, isto é: o capital financeiro, os latifundiários, as grandes empresas monopolistas, a classe economicamente dominante da Alemanha e dos países imperialistas, a burguesia e seus lacaios, bem como os profetas da escravidão (igrejas), cuja causa defendida parece se diluir em pautas secundárias, tais como, além da morte aos comunistas, morte aos judeus, morte aos sindicalistas, morte aos católicos, morte a mim (Martin Niemöller) que era apenas protestante. Mas a busca para a morte de tanta gente, mesmo tendo um grupo principal (os comunistas), apaga a causa. E esse é o objetivo, para deturpar a luta de classe.

A busca dos comunistas (primeiro vieram buscar os comunistas) como elemento primordial desta mensagem, significa que os Fascistas ou os Nazi/Fascistas, como queiram, não suportam a concepção mais avançada do mundo (Marxismo), o caminho que ele prega nem seus militantes ativos na luta revolucionária. O ódio de classe é mil vezes maior que de cor, gênero, religião, etc. É lógico que o domínio de classes milenar traz consigo mil e um tipos de tradições reacionárias, conservadas pelas classes exploradoras, que são atualizadas ainda mais nestes momentos históricos, como arma para diminuir a influência das ideias comunistas, para dividir o povo e encontrar alternativas secundárias para conseguir aliados, além do anticomunismo já pregado incessantemente pelo imperialismo. Quantas difamações foram feitas a Rosa de Luxemburgo por ser mulher para poderem desviar das ideias que pregava. Não vamos longe, a presidenta Dilma é um exemplo do emprego dessas armas, para que os reacionários marchassem ainda mais certeiros para o golpe com o apoio de concepções atrasadas sobre gênero.

O ponto principal do ataque do Fascismo são os comunistas, o marxismo, o proletariado organizado, a esquerda, pois o intuito é impedir que o caminho proletário avance e se torne, principalmente em períodos de crise, uma força capaz de pôr fim à dominação imperialista burguesa em determinado país ou países. O Fascismo corresponde na atualidade a um movimento político organizado mundialmente pelo capital financeiro, pelo imperialismo e seus agentes diretos, tais como, CIA, OTAN, terrorismo internacional que são a polícia política do mundo contra a revolução, são os movimentos de extrema direita. Se o imperialismo é a antessala da Revolução proletária, só uma força extremamente centralizada e preparada (Fascista) é capaz de dissuadir essas pretensões, mesmo que por um tempo apenas.

O Fascismo nasceu na Europa, pois era lá que as organizações proletárias estavam mais desenvolvidas, e foi lá que ocorreu a primeira revolução proletária. Foi lá que o Nazi/Fascismo desenvolveu-se com força contra os comunistas, contra a URSS. Foi de lá que migrou para o mundo todo, pós Segunda Guerra Mundial, e hoje não é pra menos que nos EUA (maior potência imperialista) ocupa lugar privilegiado. Se não fosse o Fascismo uma política da burguesia imperialista contra o proletariado, porque razão hoje o maior inimigo dos Estados Unidos são exatamente os países Socialistas?

O quadro de rápida deterioração do capitalismo mundial colocará frente a frente a luta aberta entre a burguesia e o proletariado, entre o Capitalismo e o Socialismo, entre o Fascismo e a Revolução. Não haverá um meio termo nessa disputa nos quase 190 países (tirando uns 10 países que são Socialistas ou estão em processo de libertação nacional). E nos países em que a organização proletária está avançada, onde o Marxismo/Leninismo está organizado, a tendência ao crescimento das forças de extrema direita e fascista logicamente tendem aumentar rapidamente.

Nesse sentido, a América do Sul é uma forte candidata ao avanço ou retrocessos temporários. Não são poucos os países dessa parte do globo que temos evidenciado avanço das forças proletárias bem como de governos alinhados com o fascismo. Brasil, Colômbia, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Argentina, Venezuela, Paraguai e Uruguai são e serão palcos nos próximos 10 (dez) anos de políticas externas vinculadas aos desdobramentos do Fascismo norte-americano por um lado, e da capacidade das direções proletárias na sua tarefa de unir o proletariado e outras classes na libertação nacional, na luta pela Soberania Nacional.

Por isso, três coisas são significativas neste período histórico para o proletariado, para a esquerda, na luta em defesa da Soberania em nosso país. Primeiro, terá que contar com suas próprias forças e com as contradições externas do imperialismo. Segundo, qualquer aliado de cima (liberal) só se fará mediante o avanço da força proletária, e, portanto, a unidade da esquerda é fundamental para que haja uma amplitude na luta de classes. Terceiro, é significativo que se crie junto ao povo os comitês de Luta pela Libertação Nacional, isto é, as ALN. Em nosso entendimento, a luta pela Soberania só dará um passo concreto com a participação popular organizada nas ruas e com uma concepção clara de defesa do Socialismo.

Sem luta pelo Socialismo, não tem luta pela Soberania.

Fora Bolsonaro, Mourão e sua corja.

Fora EUA da América Latina.

Abaixo o Fascismo.

Se podemos trabalhar, podemos protestar.

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