Sete de Setembro: dia de luta pelo Fora Bolsonaro

A extrema direita em nosso país, organizada hoje pelo núcleo bolsonarista, longe de defender a independência brasileira, quer em verdade submetê-la ainda mais aos ditames do imperialismo ianque. Constitui em essência o grupo dos “vende pátria” e quer fazer do Brasil uma república de bananas. Entregou a Petrobrás e agora nem o milico preposto de Bolsonaro, colocado para presidir a empresa, consegue barrar os aumentos da gasolina, do óleo diesel e de todos os derivados do petróleo.

Assim também acontece com a energia elétrica. Entregou a Eletrobrás e, com a estiagem, argumenta que “infelizmente” terá que subir o preço da eletricidade para evitar apagões. Parece que retornamos ao governo de FHC, quando o país estava à deriva, na privataria tucana, que não conseguia conter sequer os apagões. Mas na verdade, estamos na época de Bolsonaro, que no momento está à frente da política de extrema direita. E como esta saiu do casulo (rompeu o ovo da serpente), combatê-la é o motivo da luta política pelo “Fora Bolsonaro”.

Bolsonaro e seu governo são os principais responsáveis pelas milhares de mortes causadas pela pandemia, quer por sua negligência ou por sua incompetência.  Paulo Guedes odeia o povo. Sob sua batuta, a situação econômica do País se deteriorou de forma escatológica, jogando milhões ao desemprego, quadriplicando a população de rua, consolidando uma realidade onde milhões de famílias passam fome em miséria absoluta.

A fragilidade do Povo diante da pandemia foi utilizada de maneira criminosa para aprovarem inúmeros projetos que retiraram os direitos dos trabalhadores, num deboche ao povo.  Bolsonaro instituiu o Ministério do Trabalho para manter o songamonga, Onyx Lorenzoni.

Na área ambiental, o governo aguça os países imperialistas a tentarem internacionalizar a Amazônia sob o pretexto de “protegê-la”.

Na educação, o ministro desta pasta quer a Universidade para poucos, é contra a educação inclusiva, retira a obrigatoriedade das escolas matricularem os estudantes com deficiência, violando a Constituição Federal ao segregá-los, o que é um absoluto retrocesso.  Poderíamos seguir descrevendo, Damaris, Mourão, Braga Neto… Chega dessa corja!

O Governo Bolsonaro dividiu a burguesia logo depois do golpe. Já na greve dos caminhoneiros, denunciamos em nosso material da Tribuna Proletária, que a extrema direita tomava o comando da direita. Isso mudou a trajetória “democrática” do golpe. Antes vigorava a ideia de que, entre todos comprometidos com ele (o golpe), deveria haver os mesmos espaços e ganhos. Era para ser uma mudança institucional tranquila, onde só atacariam as conquistas históricas dos trabalhadores. E foi isso evidentemente o que aconteceu nesses últimos seis anos. Mas, como já sabíamos, nem todos os golpistas cabem dentro dos ganhos do golpe, pois a fatia maior fica sob a tutela de quem tem a intelectualidade do golpe, isto é, da CIA, do imperialismo ianque. Essa é a briga “democrática” deles: quem ficará com o controle do Estado para administrar a produção da mais-valia. Porém, essa luta entre setores da burguesia é imensamente importante, pois viabiliza também a nossa luta, desde que a façamos com objetividade, desde que não caiamos na ideia de que o movimento é tudo e o objetivo é nada.

É importante destacarmos aqui, uma questão essencial do Marxismo-Leninismo, de que o significado de “povo” em um país capitalista não diz respeito a seus exploradores. Eles (os exploradores) até pertencem à população de qualquer país onde vinga o Capital, mas não pertencem ao povo, na verdade estão em antagonismo com este, exploradores contra explorados.

Logo, quando falamos que 7 de setembro é um dia de luta pelo “Fora Bolsonaro”, estamos convocando o povo à luta, pois existem dois Brasis. Um deles constitui-se de exploradores, burgueses, imperialistas, que compõem a direita, a extrema direita, etc.. E o outro, o Brasil do povo, dos explorados, dos que trabalham para construir diuturnamente a riqueza daqueles.

A extrema direita quer mobilizar no 7 de setembro para reforçar o golpe, aprofundá-lo, reunir apoiadores, setores das forças armadas e policiais para efetuarem algo semelhante a marcha sobre Roma realizada pelos fascistas em 1922.

Logicamente que não podemos ficar assistindo da janela. Se nos restringirmos a expectadores, teremos instituída uma fragorosa derrota dupla. A primeira, se refere ao fato de que, se permitirmos que os assassinos do povo tenham livre curso para as ruas, para zombar daqueles que mataram durante a pandemia, teremos consolidada a continuidade e o aprofundamento do aniquilamento popular, através do fortalecimento da política golpista, da fome, do desemprego, da uberização do trabalho, do flagelo crescente sob todas as mazelas do Capital… A segunda derrota e mais grave, é o peso histórico que a esquerda terá que carregar pela covardia de não ter agido nas dimensões que deveria.

Nessas horas, um pequeno esforço da esquerda é um grande avanço para a luta proletária no Brasil e ficará também marcado na história de nossa luta.

A luta entre a direita e a extrema direita é, sem dúvida, importantíssima. Porém, esperar mais do que acordos entre estes setores burgueses na divisão da mais-valia como resultado desta luta, é ilusão. No 7 de setembro todos eles estarão de mãos dadas para tentar aquietar o povo. O Brasil é um País que a burguesia explora como uma fábrica, um latifúndio, como um seus negócios financeiros. Sob a ótica deles esse é seu patrimônio e o seu ganho de vida tem sido “eterno” e fácil. Na verdade eles querem literalmente uma comemoração para mostrar que, sob a batuta das armas e das botas, o povo deve continuar obediente. Mas, é aí que o tiro deles pode sair pela culatra.

O PCPB conclama a esquerda à unidade, fazendo um chamamento ao povo: é hora de ir às ruas e dar um basta a este governo que, além de genocida confesso, está levando o flagelo rapidamente ao povo e à soberania do nosso país. É hora de levantarmos e ocuparmos as ruas.

 

Fora Bolsonaro, Mourão e toda a corja!

Abaixo o Fascismo!

7 de setembro, dia de luta pelo Fora Bolsonaro!

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