O resultado das urnas no segundo turno das eleições presidenciais no Brasil comprova aquilo que os comunistas vêm afirmando insistentemente: somente o povo na rua pode garantir a vitória contra o fascismo. Com a margem apertada que tivemos, não resta dúvidas de que foi a mobilização popular nas ruas que garantiu a vitória de Luís Inácio Lula da Silva no pleito.
O resultado eleitoral do primeiro turno deu fôlego aos apoiadores de Bolsonaro, aglutinando setores da direita que até então haviam se distanciado da disputa. E isto começou a refletir visualmente nas ruas, com o crescimento da candidatura de Jair Bolsonaro.
A esquerda percebeu e, como se não houvesse outra saída (e realmente não havia), passou a mobilizar o povo para ir às ruas dizer Fora Bolsonaro! Abaixo ao Fascismo! Lula Presidente! Atos massivos começaram a se realizar por todo o território brasileiro, demonstrando a disposição de luta de nosso povo e seu compromisso com uma mudança de rumos no Brasil.
O tamanho dos atos em nosso país teve como consequência não só uma defesa de posição – com relação a não se perder votos – como também o crescimento destes votos, apresentando uma maior adesão de eleitores à candidatura Lula. Além disso, a ideia vendida até mesmo por setores da esquerda, mais retranquistas, claro, de que não seria seguro tomar as ruas, pois os fascistas estão armados e são perigosos, foi derrubada pela mobilização popular. A ofensividade agressiva dos fascistas visivelmente recuou e nas ruas aquela agressividade sentida pelos vermelhos em 2018, já não era mais realidade.
Certamente se a tática de chamar o povo às ruas não fosse colocada em prática, não teríamos eleito Lula e o resultado apertado das eleições demonstra como essa afirmação é correta. Mesmo com a máquina nas mãos, mesmo com a disposição de ofensividade dos fascistas, mesmo com todas as manobras golpistas colocadas em ação (que não foram poucas) o povo brasileiro deu uma prova de coragem e da sua importância nas situações que envolvem a luta de classes.
Agora, mais uma vez, após o pleito, afirmamos que a luta não acabou! Pelo contrário, o terceiro turno já começou! A sanha golpista tenta aglutinar forças para dar mais um golpe. Entre outros intentos golpistas,os bolsonaristas buscarão investir na não aceitação da vitória de Lula, no impedimento de sua posse, ou mesmo na consolidação de um Estado mais arbitrário abertamente fascista. Esse risco é real e não o levar em conta é desarmar o proletariado ao que estar por vir.
Alguns apostam no bom senso do imperialismo, confiam na atuação do STF ou de outras instituições burguesas. Aqui, mais uma vez insistiremos: precisamos seguir o exemplo do segundo turno eleitoral, mobilizar as massas nas ruas para enfrentar o fascismo e o golpismo, ou seja, enfrentar o “terceiro turno”. Somente com o povo mobilizado, organizado e tomando as ruas podemos ter a certeza de que venceremos a reação, e garantiremos uma possibilidade de vitória às massas exploradas do Brasil.
O povo brasileiro demonstrou seu valor neste segundo turno. Demonstrou para aqueles que duvidavam, que sim, ele está disposto a lutar, a tomar as ruas, que ele tem coragem. Nós não tínhamos e nunca tivemos dúvidas disso! Mas não deixamos de nos alegrar e de nos orgulhar em ver nosso povo em ação. Que a esquerda siga oportunizando junto com o povo as mobilizações para que ele ocupe o papel que merece na luta de classes brasileira: de protagonista. Do contrário, seguiremos em uma “corda bamba” na luta de classes brasileira, tendo a queda simbolizada pelo retrocesso que representa o fascismo. Nosso equilíbrio é representado pela mobilização combativa de nosso povo. Sem ela, basta um assopro para que tudo venha abaixo.
Viva a combatividade do povo brasileiro!
Povo nas ruas contra o golpe e o fascismo!!
Fora Bolsonaro e toda sua corja!
Por um governo Lula verdadeiramente progressista!
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