A quarentena ou isolamento forçado, como forma de prevenir o contágio do Covid-19, tem causado nas pessoas uma ansiedade sobre a “volta a normalidade”. É como estar em uma tempestade e desejar que passe logo.
Nestes tempos de angústias e desesperos aparecem análises, diagnósticos e soluções de todos os tipos: Bolsonaro em rede nacional referiu-se a pandemia como “gripezinha” defendeu a volta a “normalidade” acabar com o que ele chamou de “terra arrasada” que segundo ele “alguns vão morrer sim, mas não podemos deixar esse clima todo ai”. Ele desconsidera o sofrimento vividos por outros países como a Itália, França, Espanha e o Equador. Equador, onde os corpos foram abandonados nas ruas sendo enterrados em caixões de papelão. Nesta mesma linha aparece o “pastor Malafaia” que prega a volta “a normalidade” que “Deus protegerá o Brasil da pandemia”. Ele denuncia o que chama de “histeria” provocado pela mídia e alguns governadores e os “profetas do apocalipse”. Diz ele ainda que logo que passe essa pandemia; “o Brasil terá um momento de prosperidade nunca visto.”
Qualquer pessoa que faça uma análise do que está ocorrendo não cairá neste charlatanismo idiota. Não é o Brasil que está parado é o MUNDO: Os EUA, maior império, também foram atingidos. Os Estados Unidos registram mais de dez mil mortos pelo novo coronavírus. O capitão do porta-aviões Theodore Roosevelt foi destituído do comando após enviar carta aos seus superiores dizendo que sua tripulação foi acometida do covid-19 e “não estamos em guerra, os marinheiros não precisam morrer”. Os EUA também foram acusados de pirataria por terem desviado 200 mil máscaras que tinham por destino a Alemanha. Com relação ao Brasil e a França os norte-americanos foram acusados de roubo de contratos pagando mais por ofertas já aceitas por fornecedores de equipamentos.
O mundo mergulha em uma crise econômica sem precedentes e a curto e médio prazo não tem perspectiva de Calmaria nem Normalidade. Essa crise significa quebradeira das empresas e dos bancos, aumento do desemprego, da fome, da miséria, da violência. Tanto é assim que setores da burguesia se apressaram em “acudir” as famílias mais pobres. Ajuda essa irrisória pois volumosa mesmo é a destinada aos empresários e banqueiros.
A burguesia e o governo mesmo com todo o discurso, não pensam nem atuam para o bem-estar do povo. A burguesia sabe que essa crise pode colocar em xeque sua hegemonia. Por isso a distribuição de migalhas para acalmar o povo.
Temos que nos preparar para tempos difíceis, tempos de sofrimento. Tempos de acirramento da luta de classes. Mais do que nunca, nestes momentos de crise é necessário acreditarmos em nossos sonhos.
Somente na luta, construiremos um Brasil soberano, sem desemprego, com o fim das injustiças sociais com liberdade e bem-estar para o povo, ou seja, um Brasil Socialista.
– Fora Bolsonaro, Mourão Moro e sua corja
– Ousar lutar, ousar vencer
Neimar de Oliveira Lima
Onde estão os políticos que falavam em redução de salários?
Deles ? Com certeza não é.