Não é de hoje que sabemos que um importante setor da esquerda brasileira acredita que seu papel é rebaixar a política, associando isso a uma possibilidade de confiança em promessas de gestões mais sociais do capital, para ganharem apoio do povo e assim assumirem postos no Estado burguês.
Não há dúvidas, para os mais atentos, que esta concepção está alicerçada no oportunismo. Tal postura oportunista se consolida na indisposição de uma significativa parte da esquerda em travar um embate real e necessário que possa garantir o avanço na luta contra a miséria, a pobreza, a falta de dignidade, etc. Este avanço só é possível de se vislumbrar com a derrubada do capitalismo e a constituição de um modo de produção mais elevado e avançado que é o modo de produção socialista.
As políticas sociais que os setores sociais democratas instituem quando estão nos governos minimizam as dores da miséria, mas não a derrotam. Como nestes casos o poder econômico e político segue nas mãos da burguesia, sempre que uma crise surge no horizonte do sistema capitalista, os retrocessos se dão em grande velocidade. Assim, retornam os graves problemas sociais e humanitários, acontece a retirada de direitos e o povo é condenando à morte por fome, falta de acesso à saúde, por violência dos aparelhos repressores do Estado…
Mesmo tendo conhecimento dessa situação e dos limites das políticas assistenciais e progressistas dentro do capitalismo, importantes setores da esquerda continuam a sustentar a concepção de rebaixar a política. Não denunciam esses limites. Em verdade, os escamoteiam e até negam. Defendem a ideia de que o problema é de gestão ou de prioridades de projetos. Passam a mensagem de que a luta de classes e a contradição entre capital e trabalho nada tem a ver com os momentos de retrocessos, que neste sistema são os momentos destacadamente majoritários.
Nesta semana tive conhecimento de um artigo escrito pelo presidente da CUT – RS Amarildo Cenci, com o título de “Democracia ou Barbárie”, publicado em um grande jornal da mídia burguesa, também do estado do Rio Grande do Sul. No artigo, o sindicalista, denuncia a ofensiva fascista violenta e reacionária de Bolsonaro e dos “bolsonaristas”. Seria algo bom e louvável, não fosse o artigo estar “encharcado” da concepção citada aqui. A pretexto de sua denúncia, despolitiza e, bradando em nome da paz, indica de forma límpida, que para se ter paz, basta derrotar Bolsonaro e ponto. Luta de classes, necessidade de derrotar a burguesia, o capitalismo e o imperialismo, não, nada disso é mencionado. O texto brada em nome de uma paz universal na mesma lógica da democracia que aponta.
Afirma Amarildo que o “O totalitarismo (…) quando alojado nas estruturas do Estado, segue (…) debilitando as instituições”, mas não dá nem uma palavra a respeito de que o Estado burguês tem como função oprimir (ser totalitário contra) o proletariado em nome da burguesia e do capital. Assim como, ao fazer esta afirmação, passa a ideia de que as instituições do Estado burguês podem funcionar bem. O mesmo Estado que, diante do governo progressista da Dilma, colocou as engrenagens de suas instituições a funcionar para dar um golpe na presidenta e no povo brasileiro, as mesmas instituições que garantiram a continuidade do golpe com a prisão política do presidente Lula, as mesmas instituições que garantiram a eleição de Bolsonaro e que calaram de forma conivente perante os inúmeros e gravíssimos crimes cometidos por ele e seu governo, os quais levaram a morte de, no mínimo, 680 mil brasileiros e brasileiras.
E dessa forma, o presidente da CUT– RS conclui aos seus leitores que o antídoto para derrotar o fascismo é a democracia, “a primavera democrática”. Nem entrarei no mérito aqui de que democracia seria essa, até porque o mais atento saberá que é a “democracia de valor universal” que, em palavras sinceras nada mais é do que a concepção burguesa de democracia, ou seja, a ditadura do capital.
É triste ver que para um sindicalista, presidente estadual de uma grande central que tem uma importância histórica, o antídoto para o fascismo, que ele nem mesmo se anima a chamar de fascismo, mas sim de totalitarismo (porque esse é um artigo que brada não contra o fascismo e sim em defesa da democracia burguesa e contra todos e qualquer um que ouse a atentar contra ela, sejam eles os fascistas ou socialistas) é a democracia burguesa. Nenhuma palavra sobre o antídoto ser o povo nas ruas, organizado e em luta. Para ele o “fascismo” se derrota nos gabinetes, no voto, sem luta de classes, sem povo.
Alguns poderiam afirmar que, Amarildo, ao defender a democracia estaria implicitamente apontando a necessidade da participação do povo nas ruas. Porém, há um sério problema aqui: explicita-se de forma dúbia, no mínimo, que defender a democracia burguesa com suas instituições é mais importante do que mobilizar as massas para derrotar o fascismo, a burguesia, o capital e a democracia burguesa. Quem verdadeiramente defende que para alcançar a derrota do fascismo precisa-se do povo nas ruas jamais deixará isto implícito, até pelo risco de que essa necessidade passe despercebida.
Mobilizar as massas é uma necessidade imperativa para derrotar o fascismo. Em verdade, esta é a necessidade mais importante e determinante para se conseguir esse resultado verdadeiramente.
Por fim, o próprio título do artigo demonstra a sua verdadeira concepção: “Democracia ou Barbárie”. Bradava Rosa Luxemburgo por “Socialismo ou Barbárie” e agora, a palavra socialismo é substituída pela palavra democracia. Muito mais do que uma questão semântica, esta expressão “revisada” demonstra de forma aberta o conteúdo real da concepção de uma liderança sindical em nosso país. Sobre o olhar deste senhor e de, infelizmente, muitos outros sindicalistas e militantes da esquerda brasileira, o papel destes não é lutar pela emancipação da classe operária, mas sim de lutar pelos valores burgueses de democracia e de luta contra o “totalitarismo”.
“Que se esconda a luta de classes! Que se ignore a necessidade da combatividade violenta revolucionária contra os antagônicos burgueses! Lutemos junto com a burguesia ‘civilizada’!” Bradam os defensores dessa concepção. “E o povo?”, perguntamos nós. “Ao povo migalhas”, nos respondem eles. Essa é a luta deles, mas não a nossa.
Resgatamos aqui o que nos ensinou Paulo Freire quando dizia que devemos ter diálogo com os diferentes, não com os antagônicos. A versão da letra em português do Hino da Internacional Comunista nos indica: “Paz entre nós e guerra aos senhores”. Marx e Engels no Manifesto do Partido Comunista nos mostram que a burguesia e o proletariado tem interesses antagônicos e irreconciliáveis. Por mais que Amarildo Cenci tente, em conjunto com a burguesia, nos vender uma ideia de sacrifício pelo contrato social, nós apontamos para a necessidade de elevação da consciência proletária. Não aceitamos ilusões, ainda mais as que prestam um desserviço para a luta proletária. Precisamos mobilizar o proletariado, organizá-lo, buscar unificá-lo, de norte a sul e de leste a oeste desse país, tomar as ruas e derrotar a ideia pelega e ilusória de conciliação e os desejos daqueles que plantam a passividade proletária. O antídoto para o fascismo é o povo organizado, combativo e nas ruas.
Eleger Lula hoje é indispensável sim, mesmo com Alckmin, mas não basta. A crise do capital continua se aprofundando e se não tivermos um povo organizado e consciente em luta, seguiremos a vivenciar dias muito difíceis pela frente, mesmo que se realizem as eleições, mesmo que Lula ganhe, que tome posse e mesmo que governe. A saída para o sofrimento proletário está também nas urnas, mas longe de estar unicamente lá. Dar a ideia de que as urnas por si só podem resolver os problemas proletários e apontar isso como uma “primavera democrática”, é atuar para que essa primavera se distancie daquela citada por Chê Guevara e se aproxime a passos largos da primavera árabe ou da primavera ucraniana, chamada de revolução colorida.
Abaixo o fascismo!
Abaixo o imperialismo!
Abaixo o oportunismo!
O antídoto para o fascismo é a luta organizada do povo na rua!
Fora Bolsonaro e toda sua corja!
Lula Presidente!
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