Dia 8 de março foi proclamado o dia internacional da mulher. Mas sua chegada não foi fácil, após muitas lutas e intervenções femininas, ao ponto de se contrapor com o moralismo na época, o conservadorismo e a cultura de massas, chega então, o movimento feminista reivindicando os direitos das mulheres.
Desde o século XX, as mulheres trabalhavam numa condição precária nas indústrias, como, por exemplo, a tragédia do incêndio de 25 de março de 1911, na Rússia, foi o marco aterrorizante das mulheres operárias. A empresa era o Triangle Shirtwaist, onde as operárias sofriam péssima condição de trabalho, cargas horárias extenuantes: mais de 16 horas diárias, salários baixos e locais insalubres.
Após esse e muitas opressões, a bandeira feminina foi erguida e começaram-se as conferências anuais para a organização do movimento feminino.
Hoje, possuímos distintos movimentos feminino, mas é importante ressaltar em todos esses movimentos, o principal objetivo: a extinção da desigualdade de classe e o extermínio do capitalismo.
A pauta identitária, causada por frases típicas como: Empoderamento feminino (que deturpam o sentido de empoderar) a questão da mulher que trabalha aonde ela quiser (sendo que o capitalismo que a coloca no local de trabalho onde ele preferir) e outras frases que não possui haver com a luta de classes são apenas pautas que desfoca o sentido revolucionário do feminismo.
Nós lutamos pela causa da mulher operária. A dona de casa, que não tem onde deixar os seus filhos para trabalhar devido à ausência das creches, por salários iguais, reajuste no salário mínimo e contra o desemprego. Por direito a bolsa família e uma distribuição correta visto que muitas famílias deixaram de receber. Por salubridade nos hospitais da mulher, por licença maternidade de um ano. Por respeito na hora do parto principalmente em clínica pública, onde muitas mulheres são violadas e até estupradas, pela legalização do aborto aonde a religião e o estado não interfira na vontade da mulher. Por justiça nos tribunais onde muitos processos alimentícios contra o pai que abandonou os filhos estão pendentes, fazendo com que a mulher trabalhe mais e os filhos tenham uma vida complicada.
O feminismo hoje DEVE lutar por TODAS as mulheres trabalhadoras, e não desfocar das suas pautas para as pautas que o capitalismo deseja ter. O movimento feminino não pode perder a sua essência de luta, pois estamos num sistema engenhoso, cruel e que possui as suas armas para destruir-nos e manipular-nos.
Avante mulheres camaradas de todo o mundo!
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