Quinta-feira, 23 de junho, o governo colombiano e as FARC-EP, em Cuba, assinarão o acordo bilateral e de cessar-fogo definitivo.
Juan Carlos Villamizar, vítima do conflito colombiano, disse quarta-feira que a assinatura do cessar-fogo bilateral e definitiva deste 23 de junho será o mais importante dos últimos 50 anos para todas as pessoas de notícias Colômbia.
Nesta quarta-feira, porta-vozes governamentais e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) informaram à opinião pública que alcançaram com êxito um pacto para silenciar todos os fuzis e começar a deposição de armas ou desarmamento desses insurgentes.
O comunicado conjunto divulgado na capital cubana acrescenta que ambas delegações conseguiram conciliar posições também sobre as garantias de segurança para os agora combatentes durante a etapa de desmobilização e reintegração à vida civil, bem como em torno do enfrentamento a organizações criminosas, incluindo as sucessoras do paramilitarismo.
É o momento de começar um novo caminho e recordando uma frase do escritor Gabriel García Márquez diria: também é tempo de uma segunda oportunidade sobre a terra para a Colômbia, enfatizou o legislador pelo Polo Democrático Alternativo, maior convergência nacional de esquerda.
O senador, um dos impulsionadores dos diálogos com a insurgência, sublinhou que tal resultado é fruto dos esforços não só do Governo e desse movimento rebelde, mas de muitos setores da sociedade simpatizantes com o processo de paz, assim como do apoio da comunidade internacional.
Depois de agradecer a solidariedade mundial, destacou a contribuição de Cuba e Noruega, garantidores dos diálogos, e do Chile e Venezuela, acompanhantes dos mesmos.
Desde 2012 representantes do Executivo e das FARC-EP conversam em Cuba para encontrar uma solução acordada para a longa guerra; em decorrência desses anos alcançaram consensos, também, nos temas da reforma agrária integral, participação política, combate ao tráfico ilícito de drogas e vítimas.
Resta agora fechar sub-pontos pendentes de anteriores questões e resolver o relacionado com a implementação, verificação e referendo do acordo, o sexto tema da agenda.
Instalar a mesa de reuniões formais com o Exército de Libertação Nacional (ELN), envolvido igualmente no conflito, é outro dos passos a se realizar para conquistar uma paz completa, opina Cepeda.
Fonte: Prensa Latina
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