Sucata, Golpe e Diversionismo

É impossível não mencionar, não nos referir ao desfile de sucatas, promovido pela presidência da República. Bolsonaro ordenou o desfile da vergonha, com o intuito de constranger, intimidar e pressionar a Câmara dos Deputados que votava, naquele mesmo dia, o projeto que queria instituir o voto impresso, projeto este que, mesmo com todo esse fiasco com intentos de ameaças, foi rejeitado pelos Deputados.

Mas Bolsonaro saiu derrotado? Claro que não! Toda essa discussão sobre as urnas eletrônicas e uma possível fraude no processo eleitoral, faz parte de uma manobra diversionista no sentido de devolver o protagonismo a Bolsonaro e a iniciativa da ação para a extrema direita.

Que as eleições no Brasil não são livres e democráticas, isto é claro e evidente. Analisando as duas últimas eleições ocorridas em 2018 e 2020 poderemos verificar e comprovar o que estamos afirmando. As eleições de 2018 foram marcadas por fatos graves que geram consequências até hoje: a prisão ilegal do candidato Lula, quando o juiz que julgou Lula, divulga delações premiadas para interferir no resultado final da eleição, quando esse mesmo juiz foi nomeado ministro do candidato beneficiado pela fraude, ou seja, o próprio Bolsonaro. Ainda nessa eleição o comandante do exército afirmou a um jornal que ameaçou o STF em meio a um julgamento que teve consequências no resultado final do pleito.

As eleições de 2020 ocorreram sob o impacto da Pandemia do Covid-19, portanto havendo mais restrições. O Estado brasileiro controla “tudo”. Os candidatos são praticamente tolhidos de fazer campanha. “Tudo” é proibido. O tempo de campanha é curtíssimo e a propaganda vigiada pelas autoridades e havendo qualquer infração o candidato poderá ser multado e sua candidatura impugnada. Esse controle de “tudo” é absolutamente controlado pelo poder econômico. O poder econômico, principalmente nas eleições legislativas, tem a liberdade de atuar e definir os eleitos.

Então essa postura de Bolsonaro em fingir que está preocupado com a lisura do processo eleitoral é somente uma artimanha para que esqueçam que ele é o principal responsável pelas quase 600 mil mortes da covid-19, mortes estas geradas por sua negligência, mas, sobretudo, por sua incompetência frente ao governo.

O que fica explicito dessa manobra diversionista é a tática bolsonarista: o resultado que não o manter no governo, não será reconhecido por eles, que acusarão a fraude para justificar o seu intento golpista.

Por isso a importância de continuarmos mobilizados e nas ruas.

2022 é hoje, agora! Bolsonaro e sua quadrilha tem de ser apeado do governo já e as eleições antecipadas.

— Pelo fim da tutela dos militares

— Fora Bolsonaro e sua corja

— Abaixo o imperialismo

Viva o Povo Brasileiro

Ousar lutar, ousar vencer.

Brasil 12 de agosto de 2021.

 

Secretaria Geral do PCPB.

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