Lula não se enquadra na tal de Renovação Democrática Imperialista

O imperialismo ianque está chamando, por meio de seu atual presidente (Biden), uma cúpula para dezembro deste ano para discutir os desafios da Renovação Democrática. Nela, além dos convidados prováveis do G7 (EUA, Canadá, Inglaterra, Japão, Alemanha, França e Itália), deverá contar com a presença de membros da sociedade civil, filantrópicos e os setores privados. Segundo Biden, os desafios que a Democracia enfrenta estão “no combate ao autoritarismo, da corrupção e à promoção dos direitos humanos”. Antes que algum desavisado possa encher de lágrimas os seus sentimentos humanitários e democráticos, é preciso dizer que, dado a crise, o imperialismo começa avisar que não vai deixar barato aqueles que ousam desafiar o seu modo de vida, ou melhor, de produção.

A ideia que o imperialismo apresenta visa definir a partir do próximo ano, uma ação coordenada e acompanhada, sendo que no final do ano 2022 eles possam sentar e avaliar o andamento das ações. Isso significa que a tirania vai pegar, contra justamente os países onde as lutas anti-imperialistas estão mais avançadas e logicamente nos locais onde essa luta levou o proletariado ao poder do Estado através da revolução. Aqui na América, Biden já vai fazendo estas ações progredirem, como no caso de Cuba, Venezuela e Nicarágua. O imperialismo ianque deu-se por conta que não vai a lugar nenhum isoladamente, cuja experiência foi tirada do governo anterior.

A liberdade, a igualdade e a fraternidade revolucionárias, naquela época de 1789, hoje, traduzem-se nas tímidas tentativas de se manterem no poder, apelando ideologicamente para a Renovação Democrática. É o que podem fazer, isto é, ajustar a superestrutura sem que a base ou a infraestrutura modifique. A democracia deles, ou aquilo que eles chamam de civilização, é baseada no desemprego em massa, fome, miséria, uberização do trabalho, e ditadura extrema na produção nas fábricas, onde o trabalhador é impedido inclusive de fazer as suas necessidades físicas, dado a ganância pela produção de mais valia. A produção objetivada do valor é contada por segundos. Nesse terreno, a tendência à escravidão assalariada só tende a aumentar, visto que, se é do roubo que a burguesia vive, nada que faz impedirá que a taxa de lucro decrescente siga como lei, atormentando a sua economia.

E os papagaios (ou tucanos) do mundo, que gostam de repetir bobagem, também falam aqui no Brasil da luta pela democracia universal burguesa, e tentam adequar o poder do Estado a formas mais “civilizadas” de seguir explorando o trabalhador, agora mais pobre e com menos direitos do que há 10 anos. Falam de um parlamentarismo misto, de poucos partidos e de representações consistentes. Parece que aqui no Brasil as “novidades” impostas pelo imperialismo ianque logo são colocadas em prática pela burguesia e a sua intelectualidade. E do ponto de vista deles, estão cobertos de razão, é preciso enganar os trouxas que acreditam em suas pretensões democráticas. Mas o que eles (o imperialismo) querem fazer mesmo, é esconder as suas mãos sujas de sangue, com mil e uma intervenções e golpes no mundo, tal qual os golpistas aqui no Brasil, que ajudaram a eleger Bolsonaro, a tirar direitos e garantias mínimas de povo trabalhador, de lutar para manter Bolsonaro no governo, e ao mesmo tempo, querer se afastar de tal imundice. Esses são os primeiros a se postarem à frente da luta democrática.

O que o imperialismo quer fazer é justamente isso. Do ponto de vista da objetividade da exploração extrema da produção, não só segue a mesma coisa, como aprofunda a escravidão assalariada. O imperialismo age da mesma forma que os socialistas pequenos burgueses, que sonham que o capitalismo possa ser melhorado dividindo as riquezas. Não entendem eles, que a divisão das riquezas já está estabelecida no modo de produção. A circulação é produto da produção, e, portanto, sem mudar o sistema, tudo segue como antes. No entanto, essa renovação democrática proposta pelo Biden, visa democratizar a divisão de espaços, de créditos e roubos, segundo o papel que cada país ou cada monopólio jogará diante da luta de classe, isto é, como eles trabalharão para sabotar, destruir, remover ou isolar as Sociedades Socialistas ou não alinhadas com o sistema.

Nesse quesito, será considerada uma empresa corrupta aquela que não se alinhar à estratégia imperialista. Um exemplo aqui, para tornar claro, é a Odebrecht, empresa monopolista que atuou decididamente no governo Lula, e foi desmontada pelo imperialismo. Além do mais, a corrupção serve de bandeira ao moralismo pequeno burguês, para atrair novamente aqueles que enxergam que a luta política é os corruptos contra os não corruptos, e que as classes não têm nada a ver com isso, e sim as pessoas. Se, para o imperialismo, ditadura e direitos humanos têm sinais trocados em relação ao que pensam os revolucionários, corrupção não seria diferente.

Nesse jogo da Democratização Renovada, proposta pelo imperialismo americano, Lula não passará. Porque ele representa, no cenário internacional, uma visão com os sinais antagônicos ao que têm em mente os fascistas da Casa Branca. Por isso, é hora de Lula se fazer presente nas ruas, pois ali encontrará a força necessária que pode resistir às intenções já assinaladas pelos monopólios. O povo, as manifestações contra o golpe, as ruas e a luta pelo Fora Bolsonaro e sua corja são as únicas medidas que por ora servem à esquerda, à continuidade de imunização contra a covid-19 e para abrir um caminho ou rumo à juventude, aos desempregados, enfim ao povo pobre do nosso país.

Se a burguesia tenta achar as soluções momentâneas na luta de classe, nós temos que do outro lado encontrar os caminhos em que suas soluções não encaixam. E a luta em defesa da Soberania, na rua junto ao povo, é colocar novo problema nas mãos deles. E se conseguirmos botar a correr o Bolsonaro, Mourão e sua corja com um movimento massivo de rua, dirigido pela esquerda, os problemas aumentarão e muito para a burguesia brasileira e o imperialismo ianque.

Fora Bolsonaro, Mourão e sua Corja.

Abaixo o Fascismo imperialista.

Só a luta a vida muda.

Lula presidente.

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