A “democracia” do Capital Financeiro engendra o Fascismo

O fascismo foi e é o expoente do reacionarismo no século XX e segue no século XXI, época do domínio do capital financeiro, do imperialismo. E o que distingue esta época do Capital em relação à época anterior é justamente a questão em que a concorrência já não é mais a principal característica da produção capitalista, e sim, o monopólio. E, no monopólio, não só os preços das mercadorias assumem proporções de lucros máximos, mas a própria “democracia” do Capital, por conta dessa “pequena” alteração de concentração é alterada em prol desta nova centralização democrática, isto é, dos bilionários.

Em épocas de crise do Capital, o capital financeiro torna-se ainda mais violento do que nas crises anteriores. Antes dos monopólios, as disputas e violências do Capital faziam-se sob a multilateralidade de forças, e muito dos resultados obtidos dava-se no curso da guerra, no empenho e na eficiência nos campos de batalha. As guerras antes dessa época, eram feitas ainda sob o tacão da pólvora, da baioneta, das espadas. Alguém poderia dizer que uma luta de facas é muito mais incivilizada, abominável, etc.? Hoje, na “civilidade” do imperialismo, a sofisticação da violência do Capital tem efeito igual ao próprio mercado, invisível para os sentidos humanos, tal qual a bomba que cai queima tudo ou o vírus e a bactéria produzida no laboratório, que matam à distância, sem saber o nome ou o rosto de quem fez o lançamento ou produziu a mortandade.

Essa relação é a mesma que podemos fazer das épocas de acumulação primitiva do Capital, quando o operário trabalhava 18 horas por dia em uma fábrica. Detestamos tal procedimento, porém, mesmo trabalhando 8 horas diárias na atualidade, ficaríamos perplexos se disséssemos que somos mil vezes mais explorados agora do que na época anterior. Esse efeito é o mesmo da guerra, pois, nos dois sentidos, a burguesia imperialista fala de democracia com um ar muito mais cínico, pois o sangue da exploração e da guerra ela os colocou ao nível atômico, dos vírus e das bactérias. O mundo do capital financeiro é solvente aos desavisados, se aproxima de todas as forças para financiá-las e corrompe-las ante qualquer propósito soberano e proletário. Não medem esforços nem gastos para aniquilar a revolução e o Socialismo.

A razão de ser a democracia do capital financeiro fascista é pelo fato que ele engendra o fascismo como a política elementar da defesa de sua economia, de sua riqueza, concentração e centralização do capital, a exploração ao máximo do mundo proletário, bem como a sua ideologia de dominação, fazendo que o mundo, mesmo das burguesias não imperialistas, tremerem de medo diante desse poderio. As guerras, os golpes, a transferência de riquezas por ação de força, das bolsas ou lei internacional, são partes do seu domínio, princípio. Seu elemento político trabalha o tempo todo para a conservação dos elementos do fascismo, os quais são usados diuturnamente em épocas de paz e em épocas de guerra aberta, pois sabem que o mundo que vivem é a ante sala da revolução proletária.

Romper com esse fascismo só é possível com uma luta tenaz, profunda, sob a unidade do proletariado internacional. Lênin tinha muito claro o processo da Revolução mundial como único contraponto ao imperialismo. A unidade do proletariado mundial nestes momentos em que a revolução mundial se coloca na ordem do dia é uma sentença do antagonismo de classe em nossa época histórica e sua resolução. O fim da internacional Socialista, demostrou todo o erro teórico e prático diante dessa decisão. Hoje, para nós latino-americanos que vivemos nesta parte do mundo onde o próprio imperialismo tem nome de América do Norte ou EUA, e que se acha dono e protetor dos destinos dos povos da América, que desenvolve intermitentemente planos que visam o seu domínio eterno por aqui e no mundo, com os golpes e intervenções continuamente.

E neste momento em que o Brasil atravessa, juntamente com os demais países da América, pode ser uma época alvissareira. O século XXI já trouxe ventos novos para o continente latino, na primeira década deste século, tivemos avanços progressistas que ocuparam significativamente vários países. Claro que o império não deixou por menos, e explodiu esse período com golpes e intervenções. A segunda década, o reacionarismo voltou, mas pelo jeito não conseguiu galgar posições tal qual lhe desse perspectivas de animosidades por algumas dezenas de anos. A reação política da Venezuela, da Nicarágua, da Bolívia, a derrota eleitoral do neoliberalismo na Argentina e o enfrentamento do povo chileno aos desmandos dos fascistas não deram vida longa ao império. Agora, outros dois grandes momentos da história são postos no tabuleiro: as eleições na Colômbia e as eleições no Brasil.

Dado o quadro de crise do Capital e a guerra desencadeada na Ucrânia, à qual o império está vinculado até o pescoço sob o poderio da Otan, é possível se houver unidade entre as esquerdas e o povo latino-americano, poderemos ter na próxima década um cenário totalmente diferente deste que estamos a vivenciar, isto é, do neoliberalismo e do fascismo. Devemos entender, no entanto, que qualquer subestimação do imperialismo teremos um resultado completamente oposto esperado. E essa subestimação está vinculada a vários elementos como: 1) pensar que essa guerra não vai durar anos e estender-se-á por vários países; 2) que a esquerda já ganhou as eleições no Brasil; 3) acreditar nas lágrimas de Dória que nada mais representam que lágrimas de golpistas; 4) de que ganhar sem mobilizar o povo para mudanças profundas seja uma grande vitória e 5) que o aprofundamento do golpe não esteja nos planos dos quartéis, latifundiários e a burguesia toda vendida ao imperialismo e no próprio imperialismo, etc.

E são nessas épocas históricas que, ante o avanço e o retrocesso, as ilusões impedem de centrar todas as forças onde a roda da história possa avançar. Armar o povo da consciência para enfrentar os desafios é saber que a luta anti-imperialista além de uma é uma luta difícil, prolongada e tenaz, depende dos elementos mais determinados e abnegados do proletariado. O pai dos pobres em nossa história, suicidou-se diante das forças ocultas, e a mãe, recebeu um impeachment das forças que caminhavam a seu lado, ambos subestimaram este aspecto.

E se não temos dúvidas que por onde pende o Brasil pende toda a América Latina, por outro lado cresce as incertezas se a esquerda quer apostar com o povo e nessa corrida ou quer  demostrar que o antagonismo de classe é parte do passado e que ricos e pobres podem viver muito bem no capitalismo. “O Braisl para todos” mesmo que ingenuamente, está a serviço da “Democracia” fascista do Capital financeiro; o mesmo que engendrou Bolsonaro e a extrema direita.

Fora Bolsonaro, Mourão e toda a sua corja.

Abaixo o Fascismo. Fora EUA da América Latina.

Pela unidade dos povos da América Latina contra o império.

Em defesa de um projeto político para o Brasil e Lula a Presidente.

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