Inegibilidade de Bolsonaro

O Partido Comunista do Povo Brasileiro (PCPB) avalia o episódio da inegibilidade de Bolsonaro como mais um produto da luta entre a direita e a extrema direita em nosso país, na qual os primeiros tem as rédeas desse processo, desde a carta que Temer entregou a Bolsonaro naquele fatídico 7 de setembro que Bolsonaro brochou diante de um movimento em que as tentativas de aprofundamento do golpe saiu pela culatra. A direita vem se sobrepondo a extrema direita, também na soltura de Lula, na condução da CPMI da Covid, na condução do processo eleitoral e pós eleição, e segue até o momento.

A participação da esquerda ainda está muito aquém das necessidades das exigências que a luta de classes exige em nosso país. Internamente do ponto de vista político, a mobilização popular é o reflexo dessa apatia da esquerda, além da nula ofensiva de revogação das reformas impostas pelo golpe de 2016, das forças golpistas manterem-se tal qual na época do golpe, o banco central pouco se importa se há indignação sobre a sua conduta, o importante que está de bem com o capital internacional, que fez no mês de maio, o Estado pagar 69 bilhões em juros da dívida.

A inelegibilidade de Bolsonaro além de reforçar ou demostrar o domínio da direita, cumpre para que ações mais intensas e profundas tal qual, sem anistia para os genocidas e golpistas, não sejam cumpridas; que a prisão do chefe Mor seja levada as últimas consequências. Ao dar uma punição institucional num nível bem aceito pelo mercado, e mesmo que leva a indignação dos apoiadores de Jair,  faz com que grande parte da esquerda eleitoral e parcela do povo se iludam que já fora cumprido ou feito a justiça, e que a democracia mostrou a sua força para quem atacar as bases do voto, do parlamento e das ameaças golpistas. Em um só tacão, conseguem até tirar da cena as suas digitais golpistas.

No entanto condenar tal postura da direita, sob um movimento que em grande parte já nem toca mais nas consequências do golpe, que começa a achar que punição de Bolsonaro é prejudicial, que serve a burguesia em geral, que já se coloca por inteiro administração do Capital e do Estado burguês, etc., dizemos que no mínimo essa punição foi feita e mesmo não sendo uma vitória, ela poderia levar a mobilização para que se aprofunde ainda mais as ações contra os golpistas e genocidas. Não é a punição ou a direita que estão errados, é o movimento de esquerda que simplesmente a algum tempo, desde o golpe e do Fora Bolsonaro, que olha pela janela e aplaude as ações da direita, torce ora para um lado e acreditem, ora para o outro.

Não temos dúvidas que o resultado final, se assim se mantiver passiva na luta de classes, a esquerda e o povo brasileiro ainda viverão dias muito mais terríveis do que os períodos do golpe e do comando da extrema direita Bolsonarista no país. Virá ela, a extrema direita com carga renovada e sob abraços da direita, tal como sempre fora no período de suas unidades contra a esquerda e o proletariado (épocas do golpe), é isso que longe das ruas, da mobilização popular se está construindo, sem sombra de dúvidas.

Bolsonaro é um mercenário preposto dos EUA, a eles bate continência, um vendido e vende pátria, traidor do povo, um genocida, fascista. A maior punição que ele recebeu foi das urnas, do povo e essa ele ainda não absorveu. A punição atual, de inelegibilidade por 8 anos, é bem adocicada para ele, um limpa trilhos para quem quer se livrar dele e trabalhar para tê-lo ao lado, como uma espécie de injustiçado, trabalhando ainda para a eleição de seus semelhantes.

Mas o que ainda está mais claro, que a direita se antecipa a qualquer movimento da esquerda, colocando tudo dentro da ordem burguesa. Sem anistia aos golpistas e aos genocidas só pode ocorrer nas ruas, no movimento de massas, pois esse é um poder reservado ao proletariado, que já demostrou sua força em vários momentos da história geral e brasileira, como as eleições que derrotaram o genocida, onde foi primeiro ganho nas ruas e depois nas urnas. O reducionismo ao qual a direita coordena a faz quase sem esforço, porque tal como na época do Fora Bolsonaro, quando os movimentos estavam a avançar, foi criada a CPMI da covid e afogada nas denúncias apenas no congresso, tirando a participação das massas.

Por conta disso, de nossos próprios erros, não podemos ser contra a punição deles contra um deles; isso só demostra a hipocrisia que é a democracia burguesa. O nosso movimento é de que possamos punir todos eles e por isso precisamos aprofundar essa contradição entre a direita e extrema direita, e só tem um caminho para isso, ás ruas com um programa político para Brasil, por justiça Social, contra os golpistas, contra aburguesia.

Fazendo isso estaremos a frente da luta e não na cauda como está há muito acontecendo. E quem tenta negar com todo o tipo de argumento que a punição de Bolsonaro é um erro, não serve para nada, pesa contra a liberdade políticas, etc,  tem o intuito ou o propósito de encobrir a suas próprias deficiências, quanto a mobilização popular. Neste sentido também se colam aqueles que estão de acordo que a justiça fora alcançada e já comemoram como um grande avanço o fim do bolsonarismo ou do fascismo. Esses são piores, já se sentem convertidos ao sistema liberal, sob o comando da direita.

Punição dos golpistas.

Punição a corja bolsonarista fascista

Pela reversão das  Contra reformas e das  Privatizações

Povo nas ruas por justiça Social e Soberania do Brasil.

Abaixo o imperialismo.

2 Comentários

  1. No Brasil tem atualmente no Campo Marxista Leninista

    – Partido Comunista do Brasil – PCdoB
    – Partido Comunista do Brasil – Fração Vermelha – PCB – FV
    – Partido Comunista do Brasileiro – PCB
    – Partido Comunista Brasileiro – Reconstrução Revolucionária – PCB-RR
    – Partido Comunista Revolucionário – PCR (UP – Unidade Popular)
    – Partido Comunista Marxista Leninista – PCML
    – Partido Comunista do Povo Brasileiro – PCPB
    – Revolução Brasileira – RB
    – Unidade Comunista Brasileira – UCB
    – Polo Comunista Luiz Carlos Prestes – PCLCP
    – A Marighela (Reconstrução da ANL)
    – Partido da Reconstrução Comunista – PRC
    – União da Reconstrução Comunista – URC
    – Partido Comunista- PC
    É grande a fragmentação é necessário um Polo de Unidade Comunista objetivando a construção do Partido Comunista Unificado – PCU no Brasil

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