FORA OS INIMIGOS DOS TRABALHADORES DOS ATOS DA ESQUERDA

O movimento popular ficou mais de um ano em uma paralisia quase absoluta. Tal situação foi produto de uma política reacionária que foi imposta sob o pretexto da pandemia. A burguesia, para encobrir a ausência total de uma política de combate ao vírus, propagou a ideologia do “fique em casa”. Essa política foi seguida pela maior parte da esquerda e das organizações populares e sindicais, enquanto os trabalhadores tinham que estar na rua e em seus trabalhos para garantir a sobrevivência das suas famílias. Eis o que levou à paralisia das lutas populares.

Graças a uma pressão enorme das bases, finalmente uma multidão saiu às ruas no dia 29 de maio. Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas contra o governo Bolsonaro e contra os golpistas em geral. Com oscilações de tamanho, provocada pela sabotagem dos setores que defende a frente ampla com a direita golpista, a esquerda sozinha repetiu o feito em outras seis ocasiões.

É nítida a enorme impopularidade de Bolsonaro, como é nítida também a polarização política no País, que ficou clara nos dias 7 e 12 de setembro. No dia 7, Bolsonaro conseguiu, logicamente usando toda a máquina do governo e dos setores burgueses que o apoiam, colocar centenas de milhares nas ruas principalmente em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Já no dia 12, a direita tradicional fracassou ao tentar emplacar a terceira via nas ruas. Mesmo com o apoio da imprensa, da máquina do governo de São Paulo e da burguesia, João Doria, MBL e Cia. não levaram ninguém às ruas.

Mesmo diante desse fato, os mesmo setores da esquerda que obedeceram a política da direita do “fique em casa”, levando o movimento à paralisia em 2020, agora defendem que essa direita, sem popularidade e principal responsável pelo golpe e pela própria ascensão de Bolsonaro, nas manifestações.

Esses setores da esquerda dizem que não é possível mobilizar as ruas sem a presença dessa direita, ignorando os fatos. Na realidade, por trás das justificativas, o que está por trás dessa política é a tentativa de uma construção da frente ampla, que não é nada mais do que a aliança com os golpistas da direita tradicional.

Essa aliança, que está sendo articulada na cúpula dessas organizações, sem respeitar a tomada de decisão pelas bases do movimento, é um erro em todos os sentidos: 1) ela só serve para dar uma aparente popularidade, usando a mobilização da esquerda, para os impopulares da direita golpista; 2) ao contrário do que afirmam os defensores da direita, a presença desses golpistas nos atos vai levar a um esvaziamento e à derrota da mobilização; 3) essa direita que tentam contrabandear para dentro dos atos é inimiga da luta do povo, defenderam o golpe, apoiaram e sustentam Bolsonaro e aprovam todas as políticas essenciais desse governo como a reforma administrativa, as privatizações, o corte de direitos, em suma, são cúmplices na miséria a que o País foi levado.

Chamamos todos os companheiros, militantes, ativistas e organizações a repudiarem a tentativa de impor a presença dos inimigos do povo na mobilização. Essa política é contra os interesses dos trabalhadores e de todo o povo. Os grupos que defendem a aliança com esses golpistas querem fazer pelas costas de todos, por isso não querem discutir amplamente a questão, para que a maioria possa decidir. Propomos a formação de um Bloco Vermelho que se constitua como uma verdadeira frente de luta contra Bolsonaro, contra o golpe e que coloque em evidência todas as reivindicações dos trabalhadores  e para que LULA junto com o povo brasileiro chegue a presidência.

 

Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

Nada de direita nos atos

Não à privatização dos Correios e da Eletrobrás

Reestatização da Petrobrás sob o controle dos trabalhadores

Não à reforma administrativa

Reforma Agrária com expropriação do latifúndio

Reforma Urbana sob o controle das organizações populares

Lula presidente, por um governo dos trabalhadores

 

 

PCO – Partido da Causa Operária

PCPB – Partido Comunista do Povo Brasileiro

Comitês de Luta

Corrente Sindical Nacional Causa Operária

Diretório Zonal do PT Santo Amaro/SP

André Constantine  – Movimento Nacional das Favelas e Periferias

Luiz Antonio Lourenzon, dirigente da CUT-PE e da FUP

Tendência Marxista-Leninista (TML)

Walter Célio de Almeida – vice-presidente do PT – Brasília

Elton Lima – Executiva estadual da CUT-RS

AJR – Aliança da Juventude Revolucionária

FIST – Frente Internacionalista dos Sem Teto/RJ

Coletivo de Negros Joao Cândido

Comitê Fora Bolsonaro Centro – Zona Sul/RJ

Águida Helena Vieira – presidente do PT de Patos de Minas MG

PT Leopoldina Núcleo Geraldo Cândido/RJ

Paulo Sérgio Frigere – Presidente Metalúrgicos Araraquara/SP

Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo

Carlos Guimarães – Membro DZ Jabaquara PT/SP

Renan Rosa Arruda – direção CUT-DF

CasaNem /RJ

Luis Aparecido de Moraes (Biaia) Presidente do Sindicato dos trabalhadores dos Correios de Campinas e Região

Nilsa Ramos – Comitê De Lutas Lula Presidente de Pontal do Paraná

Indianara Siqueira (da Casa NEM)

Edson Dorta – Carteiro, ex-secretário geral da Fentect, da coordenação da Corrente Ecetistas em Luta

Charles Gentil, Coordenador do Comitê Popular Antifascista Ponte Rasa Pela Democracia e Lula Livre

Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo

Mailson da Silva Neto, diretor do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco

Grupo por uma Arte Revolucionária e Independente (GARI)

Marcos Landa – membro Diretório do PT de Nova Lima/MG

Edinaldo Ferreira coordenador da subsede da CUT na região de São Carlos/SP

Bateria Popular Zumbi dos Palmares

Beatriz Mendes de Melo – PT Rio de Janeiro

Everton Barboza – Conselho CPERS-Sindicato

Waisenhowerk Vieira de Melo – professor da UERJ

Prof Juvenal de Aguiar – APEOESP/ Marilia

Gabriel Mendes de Melo – Filiado do PT Rio de Janeiro

Luis Fernando de Fraga Silva. Diretor SIMPA/RS

Osni Calixto – Núcleo de Base 10 de Fevereiro – Plano Piloto – PT/DF

Irani Pereira de Amorim e Romualdo – Militante petista de Belo Horizonte-MG

João Roberto Bourcheid – membro do conselho do CPERS-Sindicato

Marina Madeira – Conselheira Estadual da APEOESP – Piracicaba/SP

Expedito Mendonça – diretor SINDSEP/DF

Julio Marcelino – Sindicato dos Frios/SP

Luciano Lima – Secretário das relações internacionais – PT RS

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